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Estado de Minas ECONOMIA

BNDES embolsa R$ 11 bi com venda das �ltimas a��es que detinha na Vale


24/02/2021 13:00

Em mais um passo para a desvincula��o entre a Vale e o poder p�blico, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) zerou sua participa��o acion�ria na mineradora, em opera��es que, desde o in�cio de 2021, somaram R$ 11,2 bilh�es na Bolsa paulista.

Desde agosto do ano passado, a institui��o financeira vendeu um total de R$ 24 bilh�es em a��es da mineradora. Parte relevante dessa venda foi poss�vel ap�s o fim do acordo de acionistas da Vale, ao qual o banco estava vinculado, e que se encerrou em novembro de 2020. "A venda de Vale foi basicamente encerrar um processo de privatiza��o que come�ou h� 23 anos", disse o diretor de privatiza��es do banco de fomento, Leonardo Cabral.

Agora, a �nica presen�a do banco de fomento na companhia � por meio de t�tulos que foram originados com a privatiza��o, realizada em 1997. O banco tem mais R$ 6 bilh�es dessas deb�ntures participativas nos direitos minerais da empresa. Essa venda est� planejada ainda para o primeiro semestre, de acordo com Cabral.

Por se tratar de um instrumento diferente no mercado, o processo precisa ser feito com mais calma, para que os investidores entendam exatamente do que se trata esse t�tulo. "� a primeira oferta de um ativo desse tipo no Brasil", explica o executivo.

O BNDES conseguiu aproveitar o fato de que a a��o da Vale est� nas m�ximas hist�ricas, consequ�ncia direta da alta do pre�o do min�rio de ferro, na esteira do salto dos valores das commodities como um todo. Em 12 meses, o valor da a��o da mineradora praticamente dobrou de pre�o. O resultado � que hoje a Vale � a empresa mais valiosa da Bolsa brasileira, avaliada em mais de R$ 500 bilh�es.

Ap�s a despedida do banco p�blico, o governo federal ainda tem participa��o indireta na Vale, por meio dos fundos de pens�o Previ (dos funcion�rios do Banco do Brasil), Petros (da Petrobras) e Funcef (da Caixa Econ�mica Federal). Somente a Previ tem uma fatia de um pouco mais de 10% da mineradora - as outras duas funda��es t�m participa��es bem menores.

Cronograma

O movimento de desinvestimentos do banco de fomento tem sido intenso. Ao longo de um pouco mais de um ano ao longo da gest�o de Gustavo Montezano, a carteira de renda vari�vel da institui��o financeira, que tinha grande concentra��o das chamadas "campe�s nacionais", foi reduzida em R$ 65 bilh�es.

Al�m de Vale, foram vendidas as a��es sem direito a voto (ordin�rias) na Petrobras, a participa��o na Marfrig, na Suzano, na AES Tiet� e metade da fatia que tinha na Klabin.

Al�m das a��es remanescentes na fabricante de papel, a pr�xima venda dever� ser da fatia na empresa do setor el�trico Copel. J� a participa��o ainda detida na Petrobras, por meio das a��es sem direito ao voto (preferenciais), e a fatia no frigor�fico JBS n�o est�o no radar imediato e devem ocorrer mais adiante, comenta Cabral.

As a��es detidas na Eletrobras, outro ativo na carteira, tamb�m n�o devem ser vendidas nesse momento. "Est� fora do radar do BNDES, mas n�o do governo, iremos aguardar as diretrizes", comenta. O prazo que o BNDES estabeleceu para vender um total de R$ 90 bilh�es de sua carteira de renda vari�vel se encerra apenas no fim de 2022.

�Nova era�

O diretor de participa��es, mercado de capitais e cr�dito indireto do banco de fomento, Bruno Laskowsky, explica que a sa�da do BNDES de empresas mais maduras representa uma esp�cie de "reciclagem do capital do banco", com os recursos agora passando a serem destinados a outras �reas. A prioridade passar� a ser empresas menores, cadeias de inova��o, com aten��o �s startups, investimentos alternativos relacionados ao mercado de carbono e aportes em infraestrutura.

Outro movimento que tamb�m ser� notado, segundo Laskowsky, � a ida de empresas que receberam investimentos do banco para a Bolsa, por meio de oferta inicial de a��es (IPO, na sigla em ingl�s). Hoje, o banco tem em sua carteira fatias de cerca de 40 empresas fechadas.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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