
Os rumores quanto � sua poss�vel sa�da pesaram nas a��es da estatal, que apresentaram queda de mais de 3% no per�odo da tarde desta sexta-feira (26/2).
Desde o in�cio do ano, Brand�o tem passado por um processo de fritura por parte do Pal�cio do Planalto.
A crise come�ou com o an�ncio de reestrutura��o no BB, com medidas que envolvem o fechamento de 112 ag�ncias e o desligamento de 5 mil funcion�rios, por meio de programas de demiss�o volunt�ria.
� �poca, Bolsonaro foi pressionado por parlamentares em raz�o do plano do banco e, com receio de desgastes pol�ticos, amea�ou demitir Brand�o.
O executivo, contudo, foi salvo pela equipe econ�mica do governo, liderada pelo ministro Paulo Guedes, que reuniu esfor�os para manter Brand�o, chamado para assumir o banco justamente com a miss�o de tocar uma agenda de desinvestimentos e de enxugamento da estrutura.
Superado esse momento inicial, Brand�o disse em coletiva de imprensa, para comentar os resultados mais recentes do banco, que tudo n�o havia passado de um problema de comunica��o.
Ele contou que n�o chegou a se reunir com Bolsonaro, mas afirmou que o presidente parecia ter compreendido o plano.
Disse ainda que pretendia se reunir com o presidente, para explicar as medidas, assim que a agenda de Bolsonaro permitisse.
Mudan�as na Petrobras
Quando tudo parecia ter voltado aos trilhos, Brand�o se viu novamente na berlinda ap�s uma crise iniciada em outra estatal, a Petrobras.
Insatisfeito com a pol�tica de pre�os da petroleira, Bolsonaro decidiu tirar Roberto Castello Branco do comando da companhia e anunciar para o seu lugar o general da reserva Joaquim Silva e Luna, mais um militar convocado para ocupar um posto de alto escal�o.
No fim de semana passado, j� depois de ter realizado a troca na Petrobras, Bolsonaro indicou que n�o pararia por a� e que outras mudan�as seriam anunciadas em estatais ao longo desta semana.
O nome de Brand�o, com isso, voltou a ser colocado como um poss�vel demitido, principalmente, pelo Centr�o, que est� de olho no cargo.
O roteiro se repetiu. As a��es da empresa despencaram, com o BB chegando a perder mais de R$ 10 bilh�es em valor de mercado, na �ltima segunda-feira, mas nenhum an�ncio foi feito.
O sil�ncio foi lido pelo mercado como um respiro. Na quinta-feira, 25, o diretor financeiro do BB, Carlos Andr�, teve uma reuni�o com analistas, que rendeu uma s�rie de relat�rios sobre o banco.
O temor quanto � sa�da de Brand�o, contudo, foi um dos destaques dos documentos.
Em uma tentativa de acalmar os �nimos, Brand�o passou a semana em Bras�lia - geralmente, o executivo despachava de S�o Paulo. No entanto, ele j� teria retornado.
Por sua vez, outros integrantes da alta c�pula do BB cancelaram viagens a S�o Paulo de �ltima hora, apurou o Broadcast.
Paci�ncia perto do fim
Segundo fontes, a paci�ncia de Brand�o est� perto do fim e a situa��o para sua perman�ncia � quase que "imposs�vel". "H� limites em todo processo de fritura", diz uma fonte pr�xima � equipe econ�mica.
Com a possibilidade da sa�da de Brand�o cada vez mais pr�xima, outros nomes j� s�o especulados no mercado. Dentre eles, conforme fontes, est�o o de Gustavo Montezano, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).
Outra sa�da, afirmam, � o Planalto promover um dos vice-presidentes do BB.
Vale lembrar, por�m, que o Centr�o cobi�a - e muito - a cadeira.
Procurado, o BB n�o comentou.