Petrobras faz 5� reajuste no ano e alinha gasolina e diesel a pre�o internacional

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 1� de mar�o, o segundo aumento no pre�o dos combust�veis em duas semanas - o quinto do ano-, e o primeiro ap�s a demiss�o anunciada do presidente da estatal, Roberto Castello Branco. O executivo foi demitido em uma rede social pelo presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, ap�s ser acusado de praticar aumentos excessivos dos combust�veis. A expectativa � que Castello Branco deixe o cargo em 20 de mar�o, quando termina seu mandato.

Desta vez, a estatal elevou o pre�o da gasolina em 4,8%, o diesel em 5%, e o g�s de cozinha em 5,2%, aumentos que passam a valer a partir de amanh� do dia 2 nas refinarias da estatal.

No �ltimo aumento, em 19 de fevereiro, o diesel subiu 15% e a gasolina 10%. O novo aumento eleva a alta acumulada no ano para 33,9% no caso do diesel; 41,6% na gasolina e 17,1% no g�s de cozinha.

De acordo com o analista da StoneX, Thadeu Silva, o aumento que come�a a ser praticado na ter�a-feira elimina uma defasagem que ainda existia nos pre�os praticados no Brasil em rela��o ao mercado internacional.

"Agora o pre�o est� totalmente alinhado com o mercado internacional, deixa uma janela aberta para as importa��es. O que falta agora � uma declara��o do governo como fica a pol�tica de pre�o com a sa�da de Castello Branco", disse Silva ao Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado.

Bolsonaro anunciou que ia zerar os impostos federais (PIS/Pasep/Confins) sobre o diesel e o g�s de cozinha a partir de hoje (1/3), para amenizar o impacto dos reajustes de pre�os feitos pela estatal, mas, at� o momento nenhuma medida nesse sentido foi anunciada. Mesmo se tivesse zerado os impostos para o diesel por dois meses, e para o g�s de cozinha indefinidamente, como havia proposto Bolsonaro, o novo aumento anularia qualquer efeito para o consumidor nos postos de abastecimento.

As distribuidoras j� haviam inclusive informado � revenda (postos) que n�o iriam repassar a queda do tributo, segundo o presidente da Associa��o Brasileira dos Revendedores de G�s Liquefeito de Petr�leo (Asmirg), Alexandre Borjaili.

A alta dos combust�veis foi o estopim para a demiss�o do atual presidente da Petrobras, que assim como seu antecessor, pratica a pol�tica de paridade com os pre�os internacionais (PPI), que acompanha a cota��o do petr�leo e seus derivados no mercado global. Depois de ter chegado a custar US$ 20 o barril no auge da pandemia no ano passado (abril/maio), a commodity do tipo Brent hoje � negociada a mais de US$ 60 o barril, e vem dando sinais de continuidade de alta impulsionada pelo otimismo, principalmente em rela��o � economia norte-americana.

A partir da ter�a-feira, o litro da gasolina estar� R$ 0,12 mais caro nas refinarias, subindo para R$ 2,60 o litro, alta de 4,8% em rela��o ao pre�o anterior. J� o diesel ter� reajuste de R$ 0,13 por litro, para R$ 2,71, um aumento de 5% contra o �ltimo pre�o praticado pela estatal. O g�s de cozinha tamb�m ter� aumento de 5%, para um pre�o m�dio da ordem da R$ 39,69 o botij�o de 13 quilos.