Presidente argentino diz que vai processar criminalmente respons�veis por d�vidas

O presidente da Argentina, Alberto Fern�ndez, afirmou nesta segunda-feira, 1�, que "aqueles que geraram as d�vidas do pa�s devem deixar de circular impunes", e que autorizou o in�cio de processos criminais contra os respons�veis "pela maior administra��o fraudulenta que nossas mem�rias recordam". Em discurso na abertura dos trabalhos do Congresso, Fern�ndez se dirigiu � gest�o anterior, de Maur�cio Macri, e seu acerto junto ao Fundo Monet�rio Internacional (FMI). De acordo com o �mbito Financeiro, o FMI apontou que eventuais investiga��es n�o interferem nas negocia��es com a atual administra��o.

Outro ponto abordado pelo presidente foram das tarifas de servi�os, como �gua e luz, que devem ser "razo�veis e justas", e "vinculadas � renda das pessoas". Fern�ndez ir� enviar um projeto ao Congresso para desdolarizar o pre�o dos servi�os, os vinculando ao peso argentino, "que � como as pessoas recebem", afirmou. "Queremos que tais custos fixos representem menos no poder aquisitivo de cada uma das fam�lias", avaliou, indicando que o "pesadelo de saber se vai se alimentar ou pagar pelos servi�os p�blicos chegou ao seu fim".

Sobre infla��o, afirmou que "os sal�rios devem crescer e os pre�os se estabilizarem". Segundo o presidente, conversas sobre controle de pre�os foram iniciadas com o setor empresarial, o que vai auxiliar no "processo de desinfla��o". "� essencial coordenar esfor�os para que os sal�rios ganhem da infla��o", concluiu. Um dos aspectos que o Fern�ndez prop�s ao Congresso foi a elimina��o de impostos que incidem em sal�rios de 1,2 milh�o de trabalhadores.

Sobre a pandemia de covid-19, afirmou que o pa�s vem avan�ando nos planos de vacina��o, e que as "regras devem ser seguidas". Em rela��o ao esc�ndalo conhecido por vacina��es VIP, que envolveu a imuniza��o de pessoas n�o priorit�rias pr�ximas ao governo, afirmou ter "tomado as decis�es que me correspondiam, ainda que tenham me causado dor". O epis�dio levou manifestantes �s ruas do pa�s no �ltimo s�bado, e fez com que o ex-ministro da Sa�de Gin�s Gonz�lez Garc�a abandonasse o cargo.