O presidente Jair Bolsonaro exp�s uma negocia��o para desidratar a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) Emergencial na C�mara dos Deputados e dar origem a uma proposta paralela com dispositivos retirados do texto principal. A PEC destrava uma nova rodada do aux�lio emergencial, mas � alvo de tentativas de mudan�a das bancadas da bala e ruralista, aliadas de Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, 8, o presidente recebeu o relator da PEC, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), no Pal�cio do Planalto. De acordo com Bolsonaro, tr�s dispositivos poder�o ser retirados e dar origem a uma PEC paralela. "Falei com o relator, que ele � o soberano, que ele poderia correr o risco de n�o aprovar se n�o mexesse em tr�s artigos. Eram cinco, passamos para tr�s buscando a negocia��o", afirmou Bolsonaro em entrevista no Pal�cio da Alvorada.
Deputados ligados � seguran�a p�blica atuam para livrar categorias como policiais civis e militares do congelamento de sal�rios previsto na PEC como gatilho para conten��o de gastos em caso de emerg�ncia fiscal. Outro item alvo de resist�ncia - este dentro da bancada ruralista - � a extin��o da Lei Kandir, que desonera produtos na exporta��o do agroneg�cio. As mudan�as, por�m, podem fazer com que o texto tenha de voltar para an�lise do Senado, atrasando a tramita��o e a libera��o do aux�lio emergencial. O assunto ser� discutido com o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), refor�ou Bolsonaro.
O presidente da bancada da bala, deputado Capit�o Augusto (PL-SP), tenta apoio dos parlamentares para uma emenda que tira os profissionais da seguran�a do congelamento salarial. O parlamentar comemorou as falas do presidente. "Se n�o viesse a ordem de l� c�, n�o sei como seria. Agora, n�o sei como ele vai fazer", disse. "O que nos preocupa � o congelamento salarial, a contagem de tempo para v�rios fins e o congelamento de promo��es".
Na entrevista, Bolsonaro afirmou que a PEC deve ser votada pela C�mara na quarta-feira, 10. De acordo com ele, ao votar a medida, os deputados federais dar�o o sinal verde para retomada do aux�lio emergencial em cinco dias. A PEC autoriza o governo federal a abrir um cr�dito extraordin�rio de at� R$ 44 bilh�es para o aux�lio. Em contrapartida, cria mecanismos de conten��o de gastos para o futuro.
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