Diante da crise econ�mica e do ritmo lento de vacina��o no Brasil, a expectativa das micro e pequenas ind�strias para a retomada da economia segue negativa. Segundo Indicador de Atividade da Micro e Pequena Ind�stria do Estado de S�o Paulo, realizado pelo Datafolha, a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Simpi), 69% da categoria considera que a crise ainda � forte e afeta muito os neg�cios, sem expectativa para a retomada do crescimento.
Na avalia��o do presidente do Simpi, Joseph Couri, a pesquisa reflete o aprofundamento da crise e seus impactos, como aumento das demiss�es, diminui��o do poder de compra, queda na demanda e no consumo.
De acordo com o levantamento, apenas 27% dos entrevistados acreditam que o pior j� passou e haver� retomada nos pr�ximos meses. Enquanto isso, somente 1% aponta que o cen�rio negativo passou e n�o afeta mais os neg�cios.
A expectativa para a retomada da economia brasileira tamb�m � pessimista. Dentre as ind�strias, 30% esperam que a situa��o do Brasil vai ficar como est�. Para 38%, a expectativa � de melhora e 28% acreditam que o cen�rio vai piorar.
Em rela��o ao desemprego, de acordo com a pesquisa, 55% esperam um aumento no �ndice nos pr�ximos meses e 29% acreditam que os n�meros devem permanecer est�veis. Couri avalia que, se n�o houver um cen�rio positivo para as empresas, n�o haver� empregos.
O executivo tamb�m alerta sobre a import�ncia do retorno imediato do aux�lio emergencial para a melhora da economia. "Com os pre�os subindo muito acima da infla��o, � necess�rio injetar dinheiro, cr�dito e incentivos na economia", afirma. De acordo com a pesquisa, 63% acreditam que a tend�ncia � de aumento e apenas para 7% a infla��o vai diminuir. Na avalia��o de Couri, "para alguns, durante este per�odo n�o haver� emprego e tampouco remunera��o", alerta.
A expectativa de poder de compra, no entanto, � ainda pior e 66% dos entrevistados preveem uma queda maior. Enquanto isso, apenas 6% acreditam que vai aumentar e, para 26%, a tend�ncia � de estabilidade.
Segundo Couri, "estamos passando por um per�odo de instabilidade da economia e n�o h� perspectivas de melhora". Em sua vis�o, a �nica sa�da � a vacina��o em massa. "Do contr�rio, continuaremos na incerteza quanto ao retorno �s atividades nas empresas, que, mesmo de portas fechadas, precisam arcar com despesas fixas, tais como energia el�trica, loca��o, sal�rios e outros", afirma.
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