Guedes quer cobrar taxa por valoriza��o de im�veis no imposto de Renda

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 12, que o governo deve anunciar uma medida que vai permitir cobrar no Imposto de Renda uma taxa pela valoriza��o dos im�veis declarados. Em live do site Jota, o ministro defendeu que � melhor atualizar os pre�os dos im�veis regularmente e pagar "extraordinariamente" cerca de 3% a 4% do valor do que pagar 15% de Imposto de Renda sobre Ganho de Capital apenas quando for feita a venda do bem.

Atualmente, n�o � poss�vel atualizar o pre�o do im�vel de acordo com o valor de mercado na declara��o do Imposto de Renda. S� no momento da venda, o contribuinte paga uma taxa (entre 15% e 22,5%) sobre a diferen�a entre o pre�o de quando foi comprado e o valor pelo qual o im�vel foi vendido, o chamado lucro imobili�rio.

A ideia de Guedes � permitir uma atualiza��o do valor do im�vel e j� cobrar uma taxa de 3% ou 4% sobre o aumento do pre�o do im�vel, o que representaria mais receita para os cofres p�blicos nos pr�ximos anos.

"Vem por a� bastante novidade [na �rea tribut�ria], coisas boas, simples. Simplifica��es tribut�rias est�o prontas e devem vir fatiadas", afirmou o ministro, em live do site Jota.

Guedes voltou a dizer que quer reduzir o Imposto de Renda cobrado sobre empresas e aumentar tributos sobre dividendos (a parcela do lucro distribu�da aos acionistas de uma companhia). Ele defendeu que a reforma tribut�ria tem que ser feita ainda neste ano e lembrou que a proposta do governo � primeiro aprovar a cria��o do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) que reuniria os impostos federais.

Guedes voltou a defender a cria��o de um novo tributo sobre transa��es, aos moldes da extinta CPMF. "Queremos reduzir bastante os IPIs (Imposto sobre Produtos Industrializados). O ideal seria acabar com os IPIs e vir com impostos sobre transa��es, que rico paga, traficante de droga, traficante de armas paga. Mas o imposto sobre transa��es foi interditado pela C�mara e recuamos" , afirmou.

Apesar do recuo, o ministro disse que ainda est�o sendo feitos estudos sobre tributa��o de transa��es digitais, mas que � "lenda" falar que se trata da antiga CPMF, que incidia apenas sobre transa��es banc�rias.

Ele voltou a criticar ainda os bancos que se opuseram � cria��o do tributo. "Banco cobra dez vezes mais do que a al�quota do imposto digital, eles n�o queriam dividir isso com ningu�m. Estudos sobre tributar transa��o digital est�o sendo discutidos l� fora e aqui dentro", completou.

De acordo com o ministro, a reforma que o governo deseja "� minimalista" e "conversa" com as propostas que tramitam no Senado e na C�mara. Ele defendeu ainda o aumento de programas de negocia��es de d�vidas tribut�rias e disse que isso levar� a um acr�scimo na arrecada��o.