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Estado de Minas ECONOMIA

Aux�lio emergencial n�o paga nem um ter�o da comida b�sica


20/03/2021 13:30

A nova rodada de aux�lio emergencial, que ser� paga aos brasileiros vulner�veis a partir de abril, est� muito distante de atender as necessidades b�sicas de alimenta��o e de consumo de itens de higiene pessoal e limpeza da casa de uma fam�lia. O quadro � cr�tico, especialmente na pandemia, quando cuidado com limpeza deve ser redobrado.

No m�s passado, o custo da cesta b�sica na capital paulista para uma fam�lia de quatro pessoas ficou em R$ 1.014,63, segundo levantamento da Funda��o Procon de S�o Paulo feito em parceria com o Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese). Houve at� um pequeno recuo do valor em rela��o a janeiro, de 0,11%, por causa dos produtos de limpeza. Eles ficaram, em m�dia, 3,5% mais baratos, com a queda de quase 6% no pre�o do sab�o em p�.

Mesmo assim, o valor da cesta b�sica est� muito mais pr�ximo do sal�rio m�nimo, hoje em R$ 1.100, do que do novo aux�lio emergencial. O novo benef�cio vai de R$ 150 mensais, para fam�lias de uma pessoa s�, a R$ 375, no caso de mulheres que s�o as �nicas provedoras da casa. Na m�dia, o novo aux�lio ser� de R$ 250 por fam�lia.

S� o desembolso com alimentos b�sicos, como arroz, feij�o, carne e outros 25 itens que entram na composi��o da cesta de comida, atingiu R$ 893,56 em fevereiro. Foi praticamente a mesma cifra do m�s anterior.

Fam�lias com a mulher como �nica provedora e que v�o receber R$ 375 conseguem comprar 40% da cesta de alimentos. Isso corresponde a uma compra de supermercado bem enxuta, s� com arroz, feij�o, �leo de soja, alho, cebola e carne de segunda para preparar a principal refei��o do dia. E um caf� da manh� com caf�, a��car, p�o com margarina, mas sem leite, alimento fundamental para m�es com crian�as pequenas.

Para a m�dia das fam�lias que ter�o um benef�cio de R$ 250, os recursos ser�o suficientes apenas para bancar menos de um ter�o da despesa com alimenta��o b�sica - 27,97%. Isto �, essa quantia � suficiente para cobrir os gastos para compra de arroz, feij�o, �leo, cebola, alho e carne de segunda para o preparo da principal refei��o do dia. Mas n�o sobra dinheiro para os alimentos do caf� da manh�.

S� limpeza

As fam�lias que v�o embolsar um aux�lio de R$ 150 ter�o dinheiro apenas para fazer frente �s despesas com as cestas de higiene pessoal (R$ 76,26) e limpeza da casa (R$ 46,81). Com o troco R$ 28,93, ser� poss�vel comprar um pacote de 5 quilos de arroz (R$ 23,34) e menos de 1 quilo de feij�o carioquinha (R$ 6,78).

"A situa��o � preocupante, � de pauperiza��o da sociedade", afirma Marcos Pujol, diretor da Escola de Prote��o e Defesa do Consumidor da Funda��o Procon-SP. Ele argumenta que o quadro fica ainda mais complicado para a popula��o manter o consumo de itens b�sicos, diante dos aumentos de pre�os da comida e tamb�m de outros itens que est�o fora da cesta b�sica. "O aluguel est� subindo e as fam�lias t�m gastos com material escolar e outros produtos e servi�os b�sicos que est�o fora da cesta."

Pechinchas

O valor da cesta b�sica pesquisado pelo Procon considera os pre�os mais baixos de cada item em 40 supermercados da cidade de S�o Paulo. Na pr�tica, esse custo acaba sendo inating�vel para um consumidor, que n�o tem a disponibilidade de fazer esse mesmo tipo de levantamento de pre�o quando vai �s compras.

Na opini�o do diretor do Procon, a situa��o j� era cr�tica para fazer frente ao custo da cesta b�sica quando o aux�lio emergencial era de R$ 600. Agora piorou com o valor muito menor do benef�cio, diz, lembrando do avan�o da infla��o e da grande massa de trabalhadores desempregados, que n�o para de crescer com o agravamento da pandemia. "� uma crise nunca antes vista e o Brasil vai chegar a um colapso social."

No m�s passado, a infla��o oficial pesou no bolso das fam�lias de maior e de menor renda. Para os domic�lios que recebem at� 40 sal�rios m�nimos, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo subiu 0,86%, a maior alta para fevereiro desde 2016. O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC), que mede o custo de vida das fam�lias com renda de at� cinco sal�rios m�nimos, subiu 0,82%. Os pre�os dos alimentos desaceleraram em geral, mas a carne que � um item b�sico do prato do brasileiro, voltou a subir.

A infla��o pressionada continua tirando o sono das autoridades monet�rias. Tanto � que o Comit� de Pol�tica Monet�ria do Banco Central elevou os juros b�sicos esta semana em 0,75 ponto porcentual, ap�s quase seis anos de redu��o, para conter o avan�o de pre�os. Os juros b�sicos estavam no piso hist�rico de 2% desde agosto de 2020. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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