A Volvo vai paralisar a partir de ter�a-feira, 23, a maior parte da produ��o de caminh�es na f�brica de Curitiba em raz�o da falta de pe�as, principalmente componentes eletr�nicos, junto com o agravamento da pandemia no Pa�s.
A medida atinge aproximadamente 2 mil funcion�rios do total de 3,7 mil que trabalham na f�brica da Volvo na capital paranaense e vai durar at� o fim deste m�s.
Em nota, a montadora diz que vai manter "boa parte" do efetivo em atividade, incluindo a linha de montagem de �nibus e uma parte da linha de caminh�es - que ter� a produ��o reduzida em 70% -, assim como a distribui��o de pe�as a concession�rias.
Tamb�m nesta segunda-feira, 22, a Scania informou que, ap�s negocia��o com o Sindicato dos Metal�rgicos do ABC, vai paralisar a produ��o a partir de sexta-feira, 26, at� 5 de abril, por causa do agravamento da pandemia. A medida deve atingir a maioria dos 4 mil funcion�rios da montadora.
A Volkswagen j� havia anunciado na sexta-feira a suspens�o por 12 dias da produ��o em suas quatro f�bricas no Brasil em raz�o da crise sanit�ria. Sindicatos dos metal�rgicos pressionam outras montadoras a adotar a mesma medida.
Na sexta-feira, 19, a Anfavea, entidade que representa os fabricantes de ve�culos, teve a terceira reuni�o na semana com o Sindicato dos Metal�rgicos do ABC para tratar do assunto. No encontro, foi refor�ado pelo sindicato a urg�ncia de paralisar as linhas devido ao quadro de recordes de contamina��es e �bitos por covid-19, com baixa disponibilidade de leitos para tratamentos nos hospitais.
A posi��o da Anfavea � que cada montadora deve discutir individualmente a possibilidade de paralisa��o espont�nea com o sindicato de sua respectiva regi�o, levando em conta a situa��o sanit�ria na cidade da f�brica e entorno.
Em S�o Caetano do Sul, onde a General Motors (GM) tem uma f�brica, o sindicato local reivindica licen�a remunerada, de 12 dias, aos funcion�rios a partir desta quarta-feira. A empresa informou hoje, por meio de nota que, desde o ano passado, desenvolveu protocolo que garante a seguran�a na opera��o das f�bricas e o transporte seguro dos funcion�rios de casa ao trabalho por �nibus fretados, com distanciamento social, limpeza e desinfec��o.
Trabalhadores se sentem seguros, diz GM
Segundo a GM, "pesquisas internas mostram que os colaboradores se sentem mais seguros nas f�bricas do que nas pr�prias casas e comunidades". Em raz�o disso, informa n�o haver nenhum motivo para alterar a programa��o de produ��o neste momento.
A f�brica do grupo em Gravata� (RS) deu f�rias coletivas aos trabalhadores neste m�s e depois os colocar� em lay-off (contratos suspensos) em abril e maio, podendo ter efeitos em junho. J� a unidade de S�o Jos� dos Campos (SP) opera em um turno de trabalho (metade do pessoal) desde o dia 8. A medida deve durar dois meses. A GM informa que, nesses dois casos o problema � a falta de pe�as para a produ��o.
Al�m da f�brica de S�o Bernardo do Campo, a Volkswagen vai parar a partir de quarta-feira, at� 4 de abril, as linhas de Taubat� e S�o Carlos, tamb�m em S�o Paulo, e a unidade de S�o Jos� dos Pinhais, no Paran�. Ao todo, o grupo emprega 15 mil pessoas, mas o pessoal administrativo permanecer� em trabalho remoto.
No sul do Rio de Janeiro, a f�brica da Volkswagen Caminh�es e �nibus mant�m a produ��o. A montadora informa que segue acompanhando os desdobramentos da pandemia e continua seguindo r�gidos protocolos de seguran�a, promovendo tamb�m campanhas de conscientiza��o de preven��o com funcion�rios.
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