O secret�rio especial de Com�rcio Exterior do Minist�rio da Economia, Roberto Fendt, deu um "ultimato" ao Mercosul e disse que o prazo limite para se avan�ar na discuss�o da revis�o da Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco � 12 de abril, quando haver� uma reuni�o dos pa�ses membros. Em evento da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) para lan�ar a Agenda Internacional da entidade, Fendt disse que o Brasil n�o pode ficar "amarrado" � Argentina, que, afirmou, tem uma pol�tica externa oposta � brasileira.
"Vamos ser francos, h� diferen�as de modelo de desenvolvimento entre n�s e a Argentina. N�o vemos motivo para que o Brasil se atrele � pol�tica econ�mica e comercial da Argentina. Se o governo argentino tem outra pol�tica, n�o devemos permanecer amarrados um ao outro", declarou o secret�rio.
De acordo com Fendt, o Brasil hoje encara o Mercosul como "anacr�nico" ao interesses de seus quatro membros. Segundo ele, � necess�rio fazer "altera��es profundas" no bloco, incluindo a revis�o da tarifa externa comum e a possibilidade de os pa�ses membros negociarem acordos individualmente, e n�o apenas em conjunto, como � hoje.
"Vamos levar adiante mudan�a transversal em toda a pauta de tarifa aduaneira. Contamos com o apoio do Uruguai, estou razoavelmente otimista em rela��o ao Paraguai. N�o teremos o apoio da Argentina. Prazo limite para n�s chegarmos a algum tipo de posi��o consensual sobre TEC do Mercosul � abril", completou Fendt.
Segundo o secret�rio, a redu��o nas tarifas de importa��o de bens de capital e inform�tica, anunciada pelo governo brasileiro �s v�speras do encontro de presidentes do bloco sul-americano, foi um "claro sinal para os parceiros de que o Brasil est� falando s�rio".
Ele acrescentou que o Brasil levar� a proposta de redu��o gradual da TEC na reuni�o do dia 12 de abril e que essa � uma das prioridades do bloco. "Em que pese diferen�as em rela��o � metodologia, � consenso no Mercosul que TEC deve ser modernizada", disse.
Defendeu ainda a inclus�o do setor automotivo e a�ucareiro no livre com�rcio no Mercosul - hoje as importa��es desses produtos s�o tarifadas mesmo dentro do bloco.
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