Ap�s o ex-presidente do Conselho de Administra��o do Banco do Brasil (BB), H�lio Magalh�es, entregar sua carta de ren�ncia, tornada p�blica na noite da quinta-feira, 1� de abril, foi a vez do conselheiro independente Jos� Guimar�es Monforte, tamb�m ex-Citi, apresentar suas raz�es para abrir m�o do assento que ocupava. A s�rie de ren�ncias vem na esteira da nomea��o de Fausto Ribeiro para a presid�ncia do BB, no lugar de Andr� Brand�o, que entrou em rota de colis�o com o Pal�cio do Planalto ap�s lan�ar plano de enxugamento da institui��o.
"As circunst�ncias, representadas por restri��o inaceit�vel a atos da administra��o, emergiram e impedem efetivar medidas que visam realizar avan�os na dire��o de ganhos de efici�ncia", afirma Monforte em trecho da sua carta de ren�ncia. "Acredito tamb�m que o processo de sucess�o na lideran�a de empresas, principalmente as de capital aberto, n�o deve ser feita somente porque se det�m o poder para faz�-las."
Monforte ocupou a posi��o por pouco mais de um ano. Brand�o, que deixou o posto em mar�o, esteve � frente do BB por aproximadamente seis meses.
O plano, que previa o fechamento de diversas ag�ncias e a redu��o da for�a de trabalho por meio de um plano de demiss�o volunt�ria, havia sido anunciado em janeiro e foi bem recebido no mercado, que interpretou a movimenta��o como um alinhamento da institui��o bicenten�ria ao modelo de gest�o empregado nas grandes institui��es privadas para fazer frente ao cen�rio competitivo que se desenha com a entrada das fintechs na disputa pela clientela. Mas, desagradou o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, e culminou na debandada de executivos.
"Tenho participado h� alguns anos de tormentosa jornada na busca da evolu��o da governan�a das empresas estatais. Muitos avan�os foram conquistados, n�o todos os pretendidos, mas conviver com retrocesso estabelece o limite que estou disposto a aceitar", acrescentou Monforte, na carta, datada tamb�m de 1� de abril.
Em sua carta de ren�ncia, o presidente do colegiado, H�lio Magalh�es disse ter tomado a decis�o em raz�o do "reiterado descaso com que o acionista majorit�rio vem tratando n�o apenas esta prestigiada institui��o, mas tamb�m outras importantes estatais de capital aberto e seus principais administradores".
Magalh�es protestou ainda contra o rito de escolha do novo presidente do banco, "o qual simplesmente n�o considera o desej�vel crivo deste conselho, vez que baseado em legisla��o anacr�nica e contr�ria �s melhores pr�ticas de governan�a em n�vel global".
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