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Estado de Minas ECONOMIA

Pandemia de covid e demora em aux�lio ampliam o calote


06/04/2021 13:03

Com o agravamento da pandemia e a demora de o governo definir a nova rodada de aux�lio emergencial come�am aparecer sinais de que um novo ciclo de alta da inadimpl�ncia do consumidor est� a caminho. Cresceu neste in�cio de ano o n�mero de brasileiros que n�o conseguiram pagar d�vidas em dia e honrar compromissos renegociados. Tamb�m aumentaram os cr�ditos com pagamentos atrasados entre 15 dias e 90 dias. Esse atraso n�o � considerado como inadimpl�ncia pelos bancos, mas pode virar calote no futuro.

Os ind�cios de alta da inadimpl�ncia come�am a ser identificados pelos bir�s de cr�dito, depois da surpresa com esses indicadores em 2020. A posterga��o por at� 180 dias da cobran�a pelos bancos de cr�ditos inadimplentes, a inje��o de quase R$ 300 bilh�es por conta do aux�lio emergencial e os juros no piso hist�rico ajudaram na repactua��o de d�vidas. Tanto � que a inadimpl�ncia do consumidor com bancos ficou praticamente est�vel at� fevereiro.

No entanto, o sinal amarelo do risco de alta do calote come�ou a piscar a partir de mar�o, com a piora da pandemia, que levou a maiores restri��es ao funcionamento das atividades. Al�m disso, o novo aux�lio emergencial, que come�a a ser pago na quarta-feira, 7, ser� menor: tanto a cifra com o n�mero de benefici�rios. Tamb�m os juros b�sicos, que voltaram a subir no m�s passado, podem atrapalhar as renegocia��es de d�vidas. Isso sem falar no desemprego, que atingiu 14,2% em janeiro.

"A inadimpl�ncia est� come�ando a 'desrepresar'", alerta o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. O primeiro bimestre encerrou com 61,6 milh�es de inadimplentes, segundo o bir�. � um n�mero um pouco maior que o de dezembro de 2020 (61,4 milh�es).

Outro dado que aponta para essa dire��o, segundo Rabi, � o avan�o da fatia da inadimpl�ncia banc�ria no total do calote neste in�cio de ano. Quando as pessoas come�am a ter dificuldades, primeiro elas atrasam as contas n�o banc�rias, explica. Isso ocorreu entre setembro e dezembro, com a redu��o do valor do aux�lio emergencial. "Se a dificuldade se mant�m, mais ou menos em seis meses a inadimpl�ncia banc�ria come�a a subir, e � o que est� acontecendo agora", observa. Em fevereiro, a fatia da inadimpl�ncia banc�ria subiu quase dois pontos porcentuais ante dezembro.

Um ind�cio importante de um novo ciclo de alta do calote � o aumento do �ndice de atraso pr�-inadimpl�ncia. S�o presta��es vencidas entre 15 dias e 90 dias. Em queda em 2020, o indicador voltou a subir no primeiro bimestre, aponta Fl�vio Calife, economista da Boa Vista. Ele alerta para o risco de que o atraso vire calote no 2� semestre.

Empresas de cobran�a constataram que o brasileiro est� com maior dificuldade de honrar compromissos repactuados. "Registramos no primeiro trimestre uma redu��o entre 20% a 30% nos pagamentos de d�vidas renegociadas com os inadimplentes em rela��o ao �ltimo trimestre de 2020", diz Edemilson Motoda, presidente do Instituto Geoc, que re�ne 18 grandes empresas de cobran�a.

Os cobradores t�m enfrentado mais obst�culos para fechar acordos. "Todo mundo est� mais assustado com o recrudescimento da pandemia, com o desemprego e a aus�ncia do aux�lio neste in�cio de ano e h� a preocupa��o de que a inadimpl�ncia possa crescer", diz Motoda.

Pontual

Em 2020, os bancos renegociaram R$ 146,7 bilh�es de d�vidas, mais de 50% com pequenas empresas e consumidores, diz a Febraban. Rubens Sardenberg, economista-chefe da entidade, n�o v� no momento a implementa��o de um programa semelhante. "N�o ser� t�o generalizado, mas com renegocia��es pontuais." Frisa que a inadimpl�ncia teve comportamento razo�vel no 1� bimestre, reconhece que em mar�o piorou e que pode subir.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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