Em um ambiente de dificuldades para a economia, os brasileiros retiraram da poupan�a R$ 3,524 bilh�es l�quidos no m�s de mar�o, informou nesta quarta-feira, 7, o Banco Central. Este foi o terceiro m�s consecutivo de saques e coincide com o fim do pagamento do aux�lio emergencial a boa parte da popula��o.
Em mar�o, os dep�sitos da poupan�a somaram R$ 317,651 bilh�es, enquanto os saques brutos foram de R$ 321,175 bilh�es. Este movimento gerou o saque l�quido total de R$ 3,524 bilh�es no m�s. Considerando o rendimento de R$ 1,743 bilh�o da caderneta em mar�o, o saldo total das contas chegou a R$ 1,013 trilh�o.
Mar�o foi o terceiro m�s seguido em que os brasileiros mais tiraram do que colocaram dinheiro na poupan�a. Considerando os primeiros tr�s meses de 2021, a popula��o j� retirou R$ 27,542 bilh�es l�quidos da caderneta. Este resultado surge ap�s o BC ter registrado, em 2020, dez meses consecutivos de dep�sitos l�quidos (de mar�o a dezembro).
A mudan�a ocorre na esteira do fim do pagamento do aux�lio emergencial, no encerramento de 2020. Assim, nestes primeiros meses de 2021, o efeito do aux�lio emergencial sobre novos dep�sitos na poupan�a n�o foi percebido.
Al�m disso, a caderneta foi impulsionada em 2020 pela maior cautela das fam�lias brasileiras. Preocupadas com a renda futura e com medo do desemprego, muitas delas reduziram gastos e passaram a aplicar recursos na poupan�a, o que elevou o saldo. Este movimento foi o que o pr�prio BC chamou de "poupan�a precaucional".
Em contrapartida, as fam�lias passaram a enfrentar, neste in�cio de 2021, as tradicionais despesas de in�cio de ano (IPTU, IPVA, matr�culas de filhos em escolas particulares e gastos com material escolar), al�m de um ambiente ainda negativo para a economia. Estes fatores favorecem os saques na poupan�a, com muitos brasileiros precisando de recursos para fechar as contas.
A poupan�a � remunerada atualmente pela taxa referencial (TR), que est� em zero, mais 70% da Selic (a taxa b�sica de juros), hoje em 2,75% ao ano. Na pr�tica, a remunera��o atual da poupan�a � de 1,93% ao ano. O porcentual n�o cobre necessariamente a infla��o.
Esta regra de remunera��o da poupan�a vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupan�a � atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao m�s (6,17% ao ano).
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