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Estado de Minas ECONOMIA

Na 2� onda de covid, inadimpl�ncia, renda em queda e infla��o amea�am a economia


12/04/2021 13:10

D�vidas em patamares recordes, atrasos em pagamentos, infla��o alta e renda achatada. Estes s�o apenas alguns dos pontos de press�o sobre fam�lias e empresas brasileiras em 2021. Enquanto o Pa�s passa pelo pior momento da pandemia de covid-19, com picos de mortes, a situa��o da economia se agrava.

Dados do Banco Central mostram que, em dezembro, o comprometimento da renda das fam�lias brasileiras com d�vidas banc�rias chegou a 31,1%, pico da s�rie hist�rica. O dado reflete a parcela dos sal�rios usada para pagar juros e amortiza��es de empr�stimos. Ou seja: a cada R$ 100 de renda, sobram menos de R$ 70 para o pagamento das demais despesas. O endividamento das fam�lias tamb�m � recorde: 56,4% da renda total.

Para a economista Isabela Tavares, especialista em cr�dito da Tend�ncias Consultoria Integrada, as a��es do governo federal para manter a renda das fam�lias em 2020 contribu�ram para segurar as d�vidas e a inadimpl�ncia. Com o fim de parte dos aux�lios, na virada de 2020 para 2021, cresceu a press�o sobre o or�amento das fam�lias.

Esse agravamento n�o � surpresa. "Houve medidas na �rea de cr�dito e o aux�lio emergencial, que sustentou a massa de renda. Em 2021, sem as medidas emergenciais, j� se esperava uma revers�o", diz Isabela.

As d�vidas banc�rias s�o outro ponto de press�o. Os dados mais recentes do BC mostram que, por ora, a inadimpl�ncia segue em n�veis controlados, tanto para fam�lias quanto para empresas. Em fevereiro, a inadimpl�ncia atingiu 4,1% entre as fam�lias e 1,6% nas empresas. Os dados consideram o cr�dito livre, que excluem financiamentos com dinheiro do BNDES e da poupan�a (como o cr�dito imobili�rio).

Mas a situa��o n�o � confort�vel. Isso porque o BC s� considera como inadimpl�ncia os atrasos de mais de 90 dias. No ano passado, os bancos promoveram renegocia��es de d�vidas e deram car�ncia para o pagamento de presta��es, o que fez o indicador cair no segundo semestre.

Em 2021, os atrasos j� come�am a crescer. O BC aponta que, em fevereiro, os atrasos entre 15 e 90 dias - ou "pr�-inadimpl�ncia - chegam a 3,65% (fam�lias) e 1,69% (empresas). Em dezembro, os porcentuais eram de 3,24% e 1,52%, respectivamente.

Dados da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban) indicam que, de mar�o a dezembro de 2020, as renegocia��es somaram R$ 971,5 bilh�es. O valor das parcelas suspensas somou R$ 146,7 bilh�es. Em 2021, essa fatura poder� ter de ser paga.

Mas, agora, os bancos n�o t�m � disposi��o um mecanismo que facilitou as negocia��es em 2020, quando o governo desobrigou a realiza��o de provis�es para perdas ao renegociar d�bitos. Em outras palavras, os bancos n�o tiveram de guardar recursos para o caso de inadimpl�ncia.

Em meio �s dificuldades para pagar d�vidas, fam�lias e empresas enfrentam a escalada da infla��o. O IGP-M, o "�ndice do aluguel" da Funda��o Getulio Vargas (FGV), acumula alta de 31% nos 12 meses at� mar�o. O IPCA - �ndice oficial de infla��o - tamb�m est� em acelera��o. Em mar�o, a alta acumulada em 12 meses atingiu 6,1%. Preocupado com o avan�o dos pre�os, o BC elevou a taxa Selic de 2% para 2,75% ao ano. S� que o juro mais alto aumenta o custo de quem luta para quitar d�vidas.

Renda

Enquanto os produtos sobem de pre�o, a renda segue achatada. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) mostra que a massa de rendimento do trabalho somou R$ 211,4 bilh�es no trimestre encerrado em janeiro de 2021. O valor � quase 7% inferior ao do mesmo per�odo do ano anterior.

Para o economista Mauro Schneider, da MCM Consultores, a situa��o econ�mica em 2021 n�o � necessariamente pior do que a de 2020. O problema � que o governo tem espa�o menor no Or�amento para medidas de aux�lio. "Com as fam�lias ocorre a mesma coisa. Quem estava em boa condi��o tinha reservas no ano passado", diz. "Mas parte desses recursos tamb�m foi consumida."

Apesar de a d�vida bruta brasileira estar pr�xima de 90% do Produto Interno Bruto (PIB), Schneider diz n�o descartar aux�lios emergenciais mais "gordos". "Tudo depende da vontade pol�tica em quest�es ligadas a gastos p�blicos. Olhando os n�meros no detalhe, seria poss�vel gastar mais em aux�lios se o governo realocasse verbas hoje em destinos question�veis." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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