Para IBGE, crescimento em atividades do varejo em fevereiro � ajuste p�s-quedas

Ap�s tr�s meses sem crescimento, o avan�o de 0,6% nas vendas do com�rcio varejista em fevereiro ante janeiro pode ser encarado mais como um ajuste do que como uma recupera��o, avaliou Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Com�rcio no Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Na s�rie com ajuste sazonal, as vendas no varejo vinham de perdas em janeiro de 2021 (-0,2%) e dezembro de 2020 (-6,1%), ap�s estabilidade em novembro (0,0%). No varejo ampliado, que inclui as atividades de ve�culos e material de constru��o, o volume vendido cresceu 4,1% em fevereiro ante o m�s anterior, depois de recuos em janeiro (-2,2%) e dezembro (-3,1%).

Na passagem de janeiro para fevereiro, quatro das oito atividades que integram o com�rcio varejista restrito registraram crescimento nas vendas: Livros, jornais, revistas e papelaria (15,4%), M�veis e eletrodom�sticos (9,3%), Tecidos, vestu�rio e cal�ados (7,8%) e Hipermercados, supermercados, produtos aliment�cios, bebidas e fumo (0,8%).

Todos os segmentos com avan�os vinham de perdas expressivas em meses anteriores. "A leitura de reajuste � mais aderente, mas �bvio que houve recupera��o", afirmou Santos. No caso de supermercados, a infla��o de alimentos deu uma tr�gua em fevereiro, lembrou o pesquisador do IBGE.

Segundo Santos, os quatro setores com quedas tiveram resultado perto da estabilidade: Outros artigos de uso pessoal e dom�stico (-0,5%), Combust�veis e lubrificantes (-0,4%), Equipamentos e material para escrit�rio, inform�tica e comunica��o (-0,4%) e Artigos farmac�uticos, m�dicos, ortop�dicos, de perfumaria e cosm�ticos (-0,2%).

"O resultado de combust�veis e lubrificantes foi pressionado por um aumento de pre�os de combust�veis. Tem um elemento nesse setor que � a infla��o", justificou. O setor tamb�m � influenciado pela pandemia. Houve redu��o na circula��o de pessoas, e isso tem reflexo at� agora", completou.

No com�rcio varejista ampliado, que inclui as atividades de ve�culos e material de constru��o, houve eleva��o de 4,1% no volume vendido em fevereiro ante janeiro. As vendas de Ve�culos, motos, partes e pe�as aumentaram 8,8%, enquanto as de Material de constru��o subiram 2,0%.

"A trajet�ria de ve�culos automotores �, sim, um reajuste. Algumas oportunidades de pre�os em queda podem ter contribu�do para que esse valor de fevereiro venha um pouco acima, mas ainda est� abaixo do patamar de fevereiro do pr�-pandemia. O setor de ve�culos n�o se recupera da mesma maneira que material de constru��o", lembra o gerente da pesquisa do IBGE.

Em fevereiro, 13,8% das empresas que relataram algum impacto nas vendas no m�s apontaram que a pandemia afetou o desempenho. Em janeiro, essa propor��o tinha sido de 9,1%.