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Estado de Minas ECONOMIA

Morre Bernie Madoff, respons�vel pelo maior esquema de pir�mide da hist�ria


14/04/2021 15:50

Bernie Madoff, o financista que se declarou culpado por orquestrar o maior esquema de pir�mide financeira da hist�ria (conhecido como esquema de Ponzi), morreu nesta quarta-feira, 14, numa pris�o federal nos EUA, aos 82 anos. A causa da morte n�o foi informada.

No ano passado, advogados de Madoff apresentaram peti��o para tentar tir�-lo da pris�o em meio � pandemia de covid-19, com o argumento de que ele sofria de doen�a renal em est�gio avan�ado e de outros problemas m�dicos cr�nicos. O pedido foi negado. O jornal Washington Post informou, � �poca, que Madoff precisava de cuidados m�dicos 24 horas por dia e s� se locomovia em cadeira de rodas.

Madoff, um operador renomado de Wall Street e fundador da Bernard L. Madoff Investment Securities LLC, cumpria pena por prejudicar milhares de clientes em fraudes que envolveram bilh�es de d�lares ao longo de d�cadas - na �poca em que foi preso, em 2008, o esquema era estimado em US$ 65 bilh�es. Em 2009, foi sentenciado a uma pena de 150 anos de pris�o.

A fraude pela qual foi condenado era feita da seguinte forma: a empresa de Madoff atra�a os investidores oferecendo n�veis de rentabilidade que chegavam a 1% ao m�s, ou seja, mais de 10% de retorno no investimento por ano. Ele, ent�o, utilizava o dinheiro desses novos investidores para pagar clientes antigos, que queriam resgatar os recursos aplicados.

Como funcionava o esquema de pir�mide de Madoff

O esquema funcionava porque os rendimentos n�o eram pagos aos investidores todo m�s, apenas acompanhado por eles. Esse dinheiro s� seria devolvido ao cliente quando este resgatasse seu investimento. O problema � que, diante de grande demanda por resgates em decorr�ncia da crise financeira de 2008, o fundo de Madoff ficou sem dinheiro para pagar os investidores e a fraude veio � tona.

Suas v�timas questionaram por que as autoridades americanas n�o checaram antes o que estava acontecendo, mas a forma como Madoff operava foi decisiva para o seu sucesso. Descrito como "af�vel" e "de alto n�vel, mas de uma forma discreta", o banqueiro se esfor�ou para manter sua aura de exclusividade.

Muitos de seus clientes mais ricos foram conquistados em conversas em clubes para abastados em Nova York ou na Fl�rida, e Madoff dava a eles uma sensa��o de pertencerem a um c�rculo privilegiado. Ele usou esses grandes nomes para atrair outros investidores, at� que sua influ�ncia passou a se estender a grandes bancos, fundos hedge e at� mesmo organiza��es beneficentes.

As opera��es de Madoff, de fato, eram bem obscuras. Al�m de sua empresa original, a Bernard L. Madoff Investment Securities, ele dirigia uma empresa de assessoria financeira totalmente separada - e � essa empresa que estava envolvida na fraude.

Antes do esquema ser descoberto, analistas financeiros levantaram d�vidas sobre as pr�ticas de Madoff repetidamente, incluindo uma carta de 1999 para a SEC, a comiss�o de valores mobili�rios americana, que acusava Madoff de estar realizando o esquema Ponzi. Mas nenhuma investiga��o foi conduzida at� o colapso do esquema.

Vida de luxo

O dinheiro das fraudes fez com que Madoff e sua esposa, Ruth, desfrutassem de luxos como uma cobertura em Nova York, uma vila francesa e carros e iates caros, com um patrim�nio l�quido combinado de cerca de US$ 825 milh�es. Mas ningu�m da fam�lia de Madoff estava no tribunal de Manhattan quando o juiz distrital Denny Chin o condenou.

E nenhum familiar, amigo ou apoiador apresentou cartas atestando seu bom car�ter ou a��es em apoio ao pedido de clem�ncia. "Eu acreditava, quando comecei esse problema, esse crime, que seria algo do qual eu seria capaz de me livrar, mas isso se tornou imposs�vel", disse Madoff durante o julgamento. "Quanto mais eu tentei, mais fundo eu me enterrei em um buraco."

Madoff tamb�m se dirigiu �s v�timas presentes no tribunal, dizendo: "Sinto muito. Sei que isso n�o ajuda".

Poucos dias ap�s a pris�o de Madoff, come�aram os esfor�os para tentar recuperar o dinheiro das pessoas que investiram com ele. Uma grande parte dessas somas veio de um acordo de US$ 7,2 bilh�es com o esp�lio de Jeffry Picower, um antigo investidor de Madoff da Fl�rida.

� medida que sua sa�de piorava, Madoff buscou uma "libera��o compassiva" da pris�o. Mas o juiz Chin rejeitou o pedido em junho passado, concordando com os promotores que as entrevistas feitas na pris�o, em que Madoff minimizou seus crimes, mostraram que ele "nunca aceitou totalmente a responsabilidade" por eles. COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS


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