O d�ficit acumulado na balan�a comercial de produtos qu�micos atingiu US$ 8,7 bilh�es no primeiro trimestre do ano, recorde do indicador para o per�odo e um aumento de 27,9% na compara��o com o total, de US$ 6,8 bilh�es, registrado entre os meses de janeiro e mar�o do ano passado, segundo a Associa��o Brasileira da Ind�stria Qu�mica (Abiquim). Pela primeira vez em toda a s�rie hist�rica da balan�a comercial de produtos qu�micos, medida desde 1989, o montante acumulado em 12 meses atinge a marca de US$ 32,3 bilh�es.
De janeiro a mar�o, as importa��es de produtos qu�micos foram de US$ 11,6 bilh�es, eleva��o de 21,1% em rela��o ao mesmo per�odo de 2020. Em termos de quantidades importadas, as mais de 13,7 milh�es de toneladas importadas resultam do aumento de 27,5% na compara��o com os tr�s primeiros meses do ano passado, tendo sido registrados aumentos importantes em todos os grupos acompanhados, sobretudo em intermedi�rios para fertilizantes (35,1%) em resinas termopl�sticas (32,3%) e em produtos qu�micos org�nicos (16,2%).
J� as exporta��es, por sua vez, de US$ 2,9 bilh�es, significaram um aumento de 4,5% na mesma compara��o, tendo as quantidades exportadas, de 3,9 milh�es de toneladas, apontado um incremento na mesma ordem de grandeza, de 3,9%. Tais resultados devem-se fundamentalmente ao desempenho em alumina calcinada, item que figura no grupo de produtos qu�micos inorg�nicos, e em produtos qu�micos org�nicos diversos.
Em contraposi��o, os recuos de vendas ao exterior nos grupos de cloro e �lcalis (de 36,5% em valor e 62,8% em volume), de catalisadores (de 31,9% em valor e de 43,6% em volume), de intermedi�rios para detergentes (de 3,7% em valor e de 19,8% em volume), e de resinas termopl�sticas (de 7,1% em valor e de 25,6% em quantidades f�sicas) s�o evid�ncias, segundo a Abiquim, do compromisso da ind�stria dom�stica em garantir o pleno abastecimento nacional para cadeias estrat�gicas de valor, fato que tem sido fundamental no enfrentamento da pandemia em suas dimens�es sanit�rias, sociais e econ�micas.
"Comparando mar�o deste ano com o mesmo m�s em 2020, os pre�os m�dios das importa��es de produtos qu�micos tiveram alta de 17,8% (de US$ 776/t para US$ 914/t), no contexto do inst�vel cen�rio internacional para oferta dessas mercadorias, ao passo que os pre�os m�dios das exporta��es setoriais brasileiras (US$ 807/T) continuam os mesmos do ano passado", diz a Abiquim.
Para o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, o momento � cr�tico e confirma a necessidade de que o Pa�s avance mais rapidamente nas reformas estruturantes, especialmente ap�s a equivocada decis�o recentemente tomada pelo governo de encerrar o Regime Especial da Ind�stria Qu�mica (Reiq).
"A extin��o do REIQ est� na contram�o do que o Brasil precisa para sobreviver. A aprova��o do novo marco legal do g�s, por sua vez, � positiva para a ind�stria, mas seus efeitos s� ser�o efetivamente sentidos no m�dio prazo. � por isso tudo que a agenda de competitividade precisa ganhar velocidade, sob pena de comprometermos o desempenho de retomada da atividade econ�mica e da atra��o de investimentos que ser�o decisivos para diminuir a depend�ncia externa do Brasil em muitos produtos estrat�gicos para os quais temos plena condi��o t�cnica de fabrica��o nacional", destaca Marino.
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