Pre�o do a�o aumentou 35% apenas esse ano, diz presidente do Inda

O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de A�o (Inda), Carlos Loureiro, disse nesta ter�a-feira que as usinas j� reajustaram em 35% o pre�o do a�o para os distribuidores neste ano. Foram pelo menos tr�s aumentos at� agora. Ele explicou que em fun��o do alto custo do a�o, o consumo j� est� diminuindo.

"Quando h� possibilidade de substitui��o do produto, para alum�nio ou concreto, por exemplo, j� se observa mudan�as de projetos em fun��o do alto custo do a�o. Tamb�m tem cliente que n�o est� querendo refazer o seu estoque por conta do aumento do pre�o", afirmou durante coletiva virtual com jornalistas.

Em abril, os aumentos ficarem entre 10% e 12%. CSN dividiu o aumento em duas vezes, no dia 1� e no dia 14. Usiminas e ArcelorMittal tamb�m reajustaram os pre�os. Loureiro contou que para n�o perder capital de giro, fabricantes de botij�o e de rodas, que t�m o a�o como parte importante do custo, est�o com dificuldade de refazer os estoques nos n�veis atuais de pre�o. "Com os pre�os l� fora e o d�lar se mantendo nas faixa de R$ 5,60, o pr�mio j� foi praticamente consumido, ficando em alguns casos negativo ou com o d�gito muito baixo, de 2% ou 3%."

Em rela��o aos pre�os internacionais, Loureiro explicou que a sucata americana chegou a US$ 552 a tonelada. Em agosto do ano passado, menos de um ano atr�s, o pre�o da bobina a quente era US$ 520. Segundo ele, carv�o � uma das mat�rias-primas mais comportadas em termos de pre�o, mas o min�rio de ferro j� apresentou patamar m�dio de US$ 170. Na segunda-feira, por exemplo, passou de US$ 180. "O min�rio de ferro continua, portanto, pressionando bastante o custo das usinas. Embora tamb�m o pre�o das usinas tenham reagido fortemente", disse.

Estoques

Loureiro disse que o setor de distribui��o est� tentando fazer com que o estoque se recupere um pouco, mas n�o quer retomar os volumes do passado, de 3,2 meses ou 3,5 meses de venda.

A ideia � ficar entre 2,5 meses e 3 meses para que se mantenha a capacidade de capital de giro, principalmente agora que o pre�o do a�o subiu muito. "� preciso tomar cuidado com essa retomada do estoque para que os distribuidores n�o tenham problema com o capital de giro."

Sobre as importa��es, o presidente do Inda disse que os volumes foram fortes em mar�o e que no acumulado do ano j� h� aumento de 76%. Essa importa��o alta ajuda o mercado a se normalizar, de acordo com ele.

No m�s passado, houve importa��o grande da R�ssia de placas e laminados a quente, e depois da China. J� o principal destino das exporta��es brasileiras de a�os planos foi para os Estados Unidos, que ficou com 6,6%, seguido por Argentina, com 8,7% de participa��o.