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Estado de Minas ECONOMIA

Gigante do cimento, LafargeHolcim decide vender opera��es no Brasil


22/04/2021 08:08

A multinacional franco-su��a comunicou � filial brasileira, no in�cio desta semana, que vai vender suas opera��es locais, apurou o Estad�o. Caso seja concretizado, o neg�cio provocar� uma mudan�a grande no setor, j� que a LafargeHolcim � a terceira maior produtora do Pa�s, atr�s de Votorantim e Intercement, em termos de capacidade instalada, segundo dados de 2017. O banco Ita� BBA foi contratado para conduzir o processo de venda.

De acordo com uma fonte, a sa�da da empresa do Brasil, entretanto, pode n�o ser f�cil, por duas raz�es. A primeira � que o setor � muito concentrado, o que pode levar o Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) a barrar o neg�cio, caso seja fechado com alguma concorrente de grande porte. A segunda � que empresas menores, sem impedimentos concorrenciais, n�o teriam f�lego financeiro para a aquisi��o.

A LafargeHolcim � um grupo global do setor de materiais de constru��o, que tem aproximadamente 70 mil funcion�rios em cerca de 70 pa�ses. No Brasil, s�o hoje cerca de 1,4 mil trabalhadores, com opera��es de cimento, concreto e agregados, al�m de �rea administrativa. O grupo � l�der global, e a fus�o entre a Lafarge e a Holcim ocorreu em 2014.

A venda das opera��es locais nos planos da LafargeHolcim n�o foi o primeiro passo da gigante global para reduzir sua exposi��o ao mercado brasileiro. Em 2015, o grupo franco-su��o vendeu ativos avaliados em cerca de US$ 350 milh�es para o grupo irland�s CRH - o que diminuiu consideravelmente seu porte no Brasil.

� �poca, o pacote de venda incluiu tr�s f�bricas de cimento (Matozinhos e Arcos Jazida, da Lafarge, e Cantagalo, da Holcim), duas esta��es de moagem (Arcos Cidade e Santa Luzia, da Lafarge) e uma ind�stria de mistura pronta de cimento (Pouso Alegre, da Holcim). Para concretizar o neg�cio e evitar problemas com autoridades de concorr�ncia, as gigantes venderam mais de US$ 7 bilh�es em ativos em todo o mundo, h� cerca de seis anos.

No fim de 2020, a irlandesa CRH vendeu os ativos que antes pertenciam � LafargeHolcim � Companhia Nacional do Cimento (CNC), parceria entre o grupo italiano Buzzi e o brasileiro Brennand. O valor do neg�cio foi de US$ 218 milh�es.

A sa�da do grupo acontecer� apesar de o mercado de constru��o civil viver um momento positivo no Brasil. Segundo o Sindicato Nacional da Ind�stria do Cimento (SNIC), a produ��o do material teve alta de 19% de janeiro a mar�o de 2021, para 15,3 milh�es de toneladas, na compara��o com igual per�odo do ano anterior. No pr�-pandemia, a produ��o havia sido prejudicada por um per�odo de fortes chuvas. Em mar�o, a alta foi de 34,6% ante 2020, para 5,5 milh�es de toneladas.

O mais recente relat�rio do SNIC afirma que, apesar de haver algumas boas not�cias no horizonte - como as concess�es de infraestrutura, que ajudam a acelerar o consumo de cimento -, tamb�m h� sinais negativos para a economia, como a distribui��o de um aux�lio emergencial mais "magro" e uma taxa de desemprego elevada, acima de 14%. As vendas de im�veis, por�m, continuam fortes, impulsionadas pela taxa b�sica de juros de um d�gito.

Caso seja confirmada a sa�da, a LafargeHolcim se juntar� ao grupo de multinacionais que anunciaram o fechamento de f�bricas no Brasil este ano. Em janeiro, a Ford informou que encerraria sua produ��o no Pa�s, ap�s mais de cem anos de funcionamento e com a demiss�o de 5 mil pessoas. Em mar�o, foi a vez de a japonesa Sony fechar sua f�brica na Zona Franca de Manaus, ap�s 48 anos.

Procurada, a assessoria de imprensa da LafargeHolcim n�o comentou.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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