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Estado de Minas ECONOMIA

Bolsonaro zera verbas para MCMV e obras de 200 mil casas v�o ser paralisadas


23/04/2021 21:12

O veto do presidente Jair Bolsonaro ao Or�amento de 2021 deixou praticamente zerada a verba para dar continuidade �s obras da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, rebatizado pelo governo de Casa Verde e Amarela. Houve um corte de R$ 1,5 bilh�o nas despesas que estavam reservadas ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), que banca as obras do faixa 1 do programa habitacional, voltada �s fam�lias de baixa renda.

Segundo apurou o Estad�o/Broadcast, cerca de 200 mil unidades habitacionais devem ter obras paralisadas a partir de maio, uma vez que sobraram apenas cerca de R$ 27 milh�es para tocar o programa.

A tesourada chamou a aten��o do pr�prio Minist�rio do Desenvolvimento Regional (MDR), que executa a pol�tica, porque R$ 1,37 bilh�o dessas despesas estavam previstas na proposta or�ament�ria encaminhada pelo governo em agosto do ano passado. Na classifica��o t�cnica, eram gastos discricion�rios do pr�prio Poder Executivo, ou seja, n�o vinham de emendas parlamentares.

Valores que haviam sido injetados via emendas tamb�m foram vetados, mas originalmente o MDR n�o contava com esses recursos. Eles tamb�m eram menos significativos: R$ 5 milh�es em emendas de comiss�o e R$ 135 milh�es em emendas de relator.

Descrentes com o veto, fontes da pasta t�m tratado a quest�o como "algum erro", dado que � invi�vel dar continuidade �s obras com apenas R$ 27 milh�es.

A inaugura��o de obras do Casa Verde e Amarela tem sido uma vitrine para Bolsonaro, que j� fez in�meras viagens para lan�ar novas unidades habitacionais ao lado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rog�rio Marinho.

No embate do Or�amento, a pasta de Marinho foi uma das maiores beneficiadas pela decis�o do Congresso de turbinar as emendas parlamentares � custa da maquiagem em despesas obrigat�rias, como benef�cios previdenci�rios.

Esse fato ajudou a realimentar a desaven�a antiga que h� entre Marinho e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O chefe da equipe econ�mica costuma se referir ao colega como "fura-teto" e j� comparou Marinho a um "batedor de carteira".

Maior beneficiado nas emendas, o MDR tamb�m acabou sendo o maior alvo dos cortes. Foram R$ 8,6 bilh�es vetados e mais R$ 827,2 milh�es bloqueados. O bloqueio � o �nico que pode ser revertido no futuro sem necessidade de novo aval do Congresso Nacional.

O presidente da C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o (CBIC), Jos� Carlos Martins, classificou de "loucura" o corte total nas verbas para a continuidade das obras do programa habitacional do governo e disse que quem ordenou o veto "n�o tem no��o do que est� fazendo".

"Acho simplesmente uma loucura, vai paralisar obras, demitir pessoas, criar um problema seri�ssimo que, para retomar, custar� muito mais caro. Quem cortou n�o tem no��o do que est� fazendo. Inacredit�vel", afirmou Martins.

Segundo ele, o veto coloca em risco 250 mil empregos diretos no setor da constru��o, uma vez que 250 mil unidades habitacionais est�o com obras em andamento, e a estimativa � que cada uma gera um emprego direto e 2,5 indiretos. "As empresas j� est�o ferradas, com pre�o fixo (recebido pela obra), aumento absurdo de insumos. Tem d�vida do que ir�o fazer?", questionou.


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