A proje��o para o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe) em abril foi reduzida novamente ap�s o resultado da terceira quadrissemana, que desacelerou a 0,51%, ap�s 0,65% na segunda leitura do m�s. Segundo o coordenador do �ndice, Guilherme Moreira, a estimativa oficial passou de 0,51% para 0,45%, influenciada pela desacelera��o nos combust�veis, do grupo Transportes (2,28% para 1,31%), e pela queda em Despesas Pessoais (de -0,42% para -0,64%).
Na terceira quadrissemana, a gasolina desacelerou de 8,30% para 3,97%, e o etanol despencou de +6,52% para -1,48%. Na ponta compara��o entre a terceira semana de abril e a terceira de mar�o, uma m�trica que ajuda a observar a tend�ncia, a gasolina j� registra taxa negativa, a -1,64%.
"Essa varia��o puxou a previs�o de Transportes em abril para baixo, de 1,17% para 0,72%", diz Moreira.
O coordenador do IPC-Fipe atribui a queda em Despesas Pessoais ao per�odo de maior restri��o do com�rcio na cidade de S�o Paulo, devido ao recrudescimento da pandemia da covid-19. O maior impacto se deu em viagem (excurs�o), com varia��o de -9,25%. Passagem a�rea tamb�m registrou taxa negativa, a -6,01%.
Apesar da desacelera��o em Transportes, Moreira chama a aten��o para a eleva��o em ve�culos, sobretudo em autom�vel novo, que j� conta com alta de 4,75% no acumulado de 2021. Na terceira quadrissemana, a taxa foi de 1,58%, enquanto autom�vel usado saltou 3,45%. "Quando o novo sobe, o usado sobe muito", explica.
Assim como nas pr�vias anteriores, o grupo Alimenta��o manteve ritmo de alta, a 0,64%, ap�s 0,39% na primeira quadrissemana de abril e 0,50% na segunda. A press�o vem novamente dos semielaborados, com as carnes bovinas subindo 2,48% e as aves, 1,42%, embora carnes su�nas tenham ca�do 1,52%. Para o fechamento do m�s, a proje��o para Alimenta��o foi de 0,64% para 0,75%.
"Ningu�m sabe onde v�o parar os pre�os das carnes. As bovinas n�o param de subir desde outubro de 2019. � um movimento de eleva��o muito grande. O que estava compensando um pouco eram os produtos in natura (-0,06% na 3� quadrissemana, ap�s -0,70%), em queda h� mais de um m�s, mas j� est�o recuperando o pre�o", alerta o coordenador.
Moreira refor�a que a proje��o anual para o IPC de 2021, atualmente em 4,39%, deve ser elevada na revis�o mensal do fechamento de abril.
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