O ritmo da vacina��o no Pa�s e a percep��o dos impactos da pandemia da covid-19 na economia aumentam o pessimismo do brasileiro e a maioria da popula��o acredita que uma recupera��o econ�mica s� vir� a partir do pr�ximo ano. A pesquisa "Os brasileiros, a pandemia e o consumo", da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, mostra que 71% das pessoas consideram que a economia levar�, pelo menos, um ano para se recuperar. O levantamento aponta ainda um aumento de dez pontos porcentuais no pessimismo do brasileiro em um intervalo de nove meses.
Na avalia��o da CNI, esse sentimento tem reflexos sobre os h�bitos de consumo e foi influenciado pela vacina��o no Pa�s. De acordo com a pesquisa, 83% dos entrevistados consideram o ritmo da vacina��o no Brasil lento e 35% das pessoas que ainda n�o foram imunizadas n�o t�m expectativa de serem vacinadas este ano.
Segundo dados reunidos pelo cons�rcio de ve�culos de imprensa junto a secretarias de 25 Estados, at� segunda-feira, dia 26, 13,96% da popula��o total do Pa�s tinha sido vacinada ao menos com a primeira dose do imunizante contra a covid-19, e apenas 6,2% tinham recebido a segunda dose.
"S� a imuniza��o em massa da popula��o contra a doen�a recolocar� o Brasil no caminho da retomada da economia, do dinamismo do mercado consumidor e na rota dos investimentos. Mais importante, a r�pida execu��o do Plano Nacional de Imuniza��o - respeitando a ordem dos grupos priorit�rios - permitir� que a popula��o brasileira possa, enfim, contar com a prote��o contra essa doen�a que tem trazido enorme custo humano para o Pa�s e o mundo", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Emprego
Apesar do pessimismo com a recupera��o econ�mica, a pesquisa mostrou um medo menor da popula��o em perder o emprego do que em 2020. Em abril deste ano, 41% dos entrevistados disseram ter um medo grande ou muito grande de perder o emprego. Em julho de 2020, esse porcentual era de 45% e, em maio de 2020, 48%.
A renda, no entanto, diminuiu para 32% dos trabalhadores e 14% disseram que perderam totalmente a renda, nos �ltimos 12 meses. Para outros 41%, a renda ficou est�vel e 10% tiveram aumento. Ao serem questionados sobre as expectativas sobre sua renda para os pr�ximos seis meses, 3% acreditam que perder�o totalmente, 9% veem redu��o parcial e 83% consideram que n�o ter�o mudan�as.
Com rela��o aos gastos, o levantamento aponta que, diante da crise e da pandemia, 71% afirmam que reduziram os gastos desde o in�cio da pandemia. Os motivos apontados s�o: 30% perderam parte ou toda renda; 38% se dizem inseguros quanto ao futuro; 27% alegam o fechamento do com�rcio e; 5% n�o responderam. A CNI chama aten��o para o fato de que cresceu a parcela da popula��o que afirma que a redu��o de gastos ser� permanente. Entre os que disseram ter diminu�do os gastos, 37% afirmam que o movimento � permanente. H� um ano, esse porcentual era de 29%.
A pesquisa revela tamb�m que a maior parcela da popula��o v� necessidade de manuten��o de alguns servi�os abertos. A abertura do com�rcio de rua tem o apoio de 61% dos entrevistados. Em julho de 2020, o porcentual era de 49%.
Caiu de 72% para 49%, na compara��o entre abril de 2021 e maio do ano passado, o porcentual de pessoas contr�rias � abertura de escolas e universidades. Com rela��o a sal�es de beleza, 51% n�o aprovam (ante 57% de julho de 2020). No caso dos shoppings, 57% apoiam o fechamento ante 69% da edi��o anterior.
A pesquisa foi feita com 2.010 brasileiros, por telefone, entre os dias 16 e 20 de abril. A margem de erro do estudo � de 2 pontos porcentuais, com intervalo de confian�a de 95%. A pesquisa teve outras duas rodadas, em maio e julho do ano passado.
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ECONOMIA
Para 71% da popula��o, recupera��o da economia s� vir� a partir de 2022, diz CNI
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