Recupera��o ser� desigual entre pa�ses, com cicatriz maior em emergentes, diz FMI

A economista-chefe do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Gita Gopinath, prev� uma recupera��o desigual da crise do novo coronav�rus, em que pa�ses com vacina��o mais lenta e apoio econ�mico escasso ter�o "cicatrizes" bem maiores do que economias desenvolvidas. Durante painel organizado pela Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), ela afirmou que a vacina��o global � o principal problema a se resolver no momento e defendeu que os pa�ses ricos "deem um passo atr�s" e a priorizem, antes de vacinar toda a sua popula��o local.

Gopinath citou a atual situa��o da covid-19 na �ndia, que registra um forte recrudescimento da doen�a, como um exemplo que demonstra como o per�odo logo ap�s a pandemia ser� de grande desigualdade entre pa�ses.

A piora das crises sanit�rias na Argentina e no Brasil tamb�m foi citada pela economista-chefe do FMI, que classifica o atual momento da economia global como "muito estressante".

"Teremos um per�odo de tr�s a nove meses de vacina��o insuficiente em diversos pa�ses", projeta Gopinath.

Para mitigar este problema, ela sugere que pa�ses sigam o exemplo dos Estados Unidos e subsidiem a produ��o de insumos para a fabrica��o dos imunizantes.

Ela alertou, ainda, contra a retirada precipitada das medidas restritivas em pa�ses emergentes, de forma a n�o permitir novas ondas de casos e mortes pela covid-19.