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Estado de Minas Dinheiro

Bancos privados lucram neste ano mais do que em 2019 e 2020

Mas a sa�de financeira exibida n�o foi suficiente para tranquilizar totalmente o mercado, que vem reagindo de forma vol�til


06/05/2021 08:10 - atualizado 06/05/2021 09:38

Um ano ap�s o solavanco inicial da pandemia, os tr�s maiores bancos privados do Pa�s mostraram s�lidos lucros. Juntos, Santander Brasil, Ita� Unibanco e Bradesco ganharam R$ 16,9 bilh�es entre janeiro e mar�o deste ano. A cifra representa uma volta � normalidade, ap�s um 2020 em que as reservas para eventuais perdas com cr�dito combinadas superaram os resultados obtidos.

Em rela��o ao primeiro trimestre de 2020, quando dois desses tr�s gigantes j� refor�aram as provis�es para enfrentar a crise que ent�o se insinuava, o resultado combinado dos "banc�es" saltou 46,7%. E tamb�m ficou R$ 300 milh�es acima da soma dos lucros registrados no primeiro trimestre de 2019, quando o mercado ainda operava em ritmo normal.

Mas a sa�de financeira exibida n�o foi suficiente para tranquilizar totalmente o mercado, que vem reagindo de forma vol�til em rela��o �s tr�s institui��es financeiras. O Santander, por exemplo, conseguiu agradar com um resultado recorde para o per�odo e com desempenho bem distribu�do entre as diferentes linhas de neg�cio. As a��es do banco chegaram a subir mais de 10% no dia do balan�o (a institui��o divulga os resultados pela manh�).

Apesar do crescimento dos resultados, o mercado viu ainda feridas abertas no balan�o do Ita� Unibanco e, na ter�a-feira, derrubou as a��es do maior banco da Am�rica Latina em mais de 4%. As a��es do Santander e do Bradesco foram arrastadas e recuaram 2,08% e 2,53%, respectivamente.

Anunciado ap�s o fim do preg�o na ter�a-feira, o lucro do Bradesco foi o �nico dos tr�s a n�o superar as estimativas de analistas apontadas pelo Pr�vias Broadcast. As a��es do banco chegaram a cair 2% no preg�o de ontem, mas se recuperaram ao longo do dia, fechando em baixa de 0,25%.

Retomada. Na vis�o do presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, os balan�os dos bancos mostram um horizonte de neg�cios come�ando a se desanuviar, ap�s a tormenta provocada pela pandemia de covid-19.
"Estamos trocando as d�vidas sombrias por uma narrativa virtuosa", afirmou o executivo no comunicado de divulga��o do balan�o do Bradesco. "Em termos objetivos, os bancos est�o preparados para enfrentar o cen�rio desafiador da pandemia."

A rentabilidade dos tr�s voltou a um patamar considerado saud�vel por analistas. O Ita� ficou na ponta mais baixa do indicador, com um retorno sobre o patrim�nio l�quido (ROE, na sigla em ingl�s) de 18,5%, enquanto Bradesco e Santander marcaram 18,7% e 20,9%, respectivamente.
A XP apontou, em relat�rio, que a situa��o ainda n�o est� totalmente equacionada. "O Ita� divulgou diversos itens n�o sustent�veis, que ajudaram no resultado, enquanto �reas relevantes como rendas de tarifas, margem financeira com clientes e custos apresentaram desempenho abaixo do esperado", apontou o documento.

Um contraste fica vis�vel na compara��o entre Santander e Ita�, principalmente: o comportamento da margem financeira das opera��es com clientes, que reflete o resultado das opera��es de cr�dito no varejo banc�rio. Enquanto o primeiro teve avan�o de mais de 6% nessa rubrica, o segundo verificou um recuo superior a 5% nessa parte do balan�o, entre janeiro e mar�o deste ano.

Nas confer�ncias com jornalistas e com analistas financeiros, o presidente do Ita� Unibanco, Milton Maluhy, ponderou que, face � crise, o mix da carteira de clientes se alterou, com mais opera��es de atacado, de spread mais baixo, e menos com clientes de varejo.

Nessa �ltima categoria houve ainda migra��o para empr�stimos com car�ncia, prazos mais longos e taxas contidas. Mas ele disse tamb�m que j� notava em abril a retomada de linhas que garantem mais ganhos para o banco, o que poderia levar a melhores resultados mais adiante.

Em seu balan�o, o Bradesco passou a mensagem de que as opera��es podem ficar mais rent�veis. A margem financeira da institui��o ficou praticamente est�vel em rela��o � verificada nos �ltimos tr�s meses.

Cautela

Para Lazari, h� clima para o Bradesco "sair da defensiva" e buscar novos neg�cios que ampliem seu volume operacional. Essa no��o, no entanto, continua baseada em uma cobertura de provis�o para cr�ditos de liquida��o duvidosa, conhecidas pela sigla PDD, equivalente a 350% do saldo de empr�stimos em atraso superior a 90 dias do banco.

Existe tamb�m a expectativa de que essa inadimpl�ncia ainda volte a ter repiques. No Ita� Unibanco, que h� um ano deu o tom do conservadorismo que seria adotado na pandemia, as provis�es excedentes n�o ser�o revertidas, segundo Maluhy. As reservas n�o precisaram ser usadas nesse primeiro trimestre, com taxas de inadimpl�ncia ainda comportadas, mas seguir�o � disposi��o em caso de uma piora de cen�rio.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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