Os pre�os de presentes e servi�os mais demandados para o Dia das M�es tiveram a maior subida em quatro anos, revela a Funda��o Getulio Vargas (FGV). Levantamento feito a partir de 32 produtos e servi�os do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) mostra que a infla��o foi de 4,10% nos �ltimos 12 meses. A maior varia��o at� ent�o havia sido em 2017, quando os pre�os subiram 4,32%.
Conforme a pesquisa da FGV, a infla��o dos servi�os teve alta de 4,89%, capitaneada pelas passagens a�reas, cujos pre�os subiram 26,09%. Na mesma cesta, restaurantes tiveram incremento de 3,82%, sal�es de beleza, de 3,21%, e academias, de 2,06%.
Para o pesquisador do FGV IBRE, Matheus Pe�anha, os custos contribu�ram para o aumento dos pre�os. "A infla��o de custos foi a t�nica da eleva��o de pre�os da cesta. O setor de avia��o, por exemplo, � muito dolarizado, de modo que a escalada do c�mbio e o aumento do petr�leo no �ltimo ano provocou uma eleva��o", explica o especialistas, em nota � imprensa.
J� em rela��o aos restaurantes, o pre�o dos alimentos, conforme Pe�anha, teve um impacto muito grande para o reajuste desse servi�o, a despeito de uma demanda menos aquecida em meio � pandemia. "J� os sal�es de beleza e academias s�o setores intensivos em consumo de energia", acrescenta.
Apesar da subida, o indicador ficou abaixo da infla��o geral verificada para o mesmo per�odo, que foi de 6,71%, de acordo com a FGV. Os pre�os da cesta de servi�os tamb�m seguiram o mesmo comportamento.
Com a pandemia, atra��es culturais mantiveram estabilidade nos pre�os, uma vez que est�o inativas diante das restri��es de mobilidade. No caso do setor tur�stico-hoteleiro, os pre�os se reduziram, segundo a pesquisa da FGV.
Considerando os produtos preferidos como presente para o Dia das M�es, a cesta de 23 itens teve aumento m�dio de 3,33%, de acordo com o levantamento. As maiores altas foram observadas em eletrodom�sticos como m�quina de lavar (12,39%), ventilador e circulador de ar (10,5%), computadores e perif�ricos (9,55%) e TVs (7,52%).
Tamb�m tiveram altas acima da infla��o os segmentos de roupas de cama, mesa e banho (9,17%), bijuterias (7,36%) e bicicletas (7,15%). Por outro lado, os pre�os de cal�ados femininos, maquiagem, roupas e livros tiveram redu��o.
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