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Estado de Minas ECONOMIA

Pandemia acentuou contrastes econ�micos


10/05/2021 13:03

Os efeitos desiguais da pandemia sobre os diferentes setores da economia resultam em hist�rias com enredos praticamente opostos em relatos de empres�rios. A maioria dos neg�cios do Pa�s est� no setor de servi�os e foi diretamente atingida pelas restri��es ao contato social. Mas h� tamb�m hist�rias de sucesso e crescimento em servi�os ligados � tecnologia ou em setores como o agroneg�cio e a minera��o, voltados �s exporta��es.

Quando a covid-19 se abateu sobre a economia, as casas do grupo Turn The Table - como o bar O Pasquim e a Vero! Coquetelaria - vinham de um crescimento de 18% no faturamento do primeiro bimestre de 2020, ante o in�cio de 2019, lembra Humberto Munhoz, s�cio da empresa. No fim das contas, por�m, o faturamento tombou cerca de 60% no ano passado. A sangria continua este ano. A receita dos quatro primeiros meses j� foi em torno de 50% abaixo de igual per�odo de 2020.

O setor de bares e restaurantes � um dos mais atingidos pela pandemia. Segundo a Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes de S�o Paulo (Abrasel), cerca de 350 mil bares e restaurantes encerraram atividades no Pa�s nos 12 meses encerrados em abril - 50 mil fecharam apenas no primeiro trimestre de 2021. Cerca de 1 milh�o de empregos foram cortados.

"Este ano est� sendo pior", afirma Munhoz, que foi obrigado a demitir cerca de 40 funcion�rios no in�cio de fevereiro. "Entre fechar a empresa e demitir funcion�rios, decidimos sacrificar um batalh�o, mas n�o perder o ex�rcito", compara o empres�rio.

Segundo Munhoz, o grupo sobreviveu 2020 sem demiss�es por causa da gest�o disciplinada. Os s�cios renegociaram o aluguel, contratos com fornecedores e prestadores de servi�os. Gastaram o caixa e aproveitaram as medidas oferecidas pelo governo. O relaxamento das restri��es ao funcionamento, no segundo semestre, deu um al�vio, mas a segunda onda da pandemia encontrou o grupo no limite. Novas demiss�es poder�o ser necess�rias se a covid-19 demorar a ser controlada.

A gest�o disciplinada tamb�m ajudou a Club Fisio, rede de cl�nicas de fisioterapia de S�o Paulo. Em 2020, a empresa demitiu 12 funcion�rios e viu seu faturamento tombar 30%. Isso depois de um in�cio de 2020 promissor, com planos de abertura da quarta unidade, diz o s�cio Raphael Baptista de Camargo. Nos primeiros meses de pandemia, a Club Fisio renegociou ou cortou gastos fixos, como a mensalidade de TV a cabo, os honor�rios do contador e o aluguel.

Com o passar do tempo, as atividades foram sendo retomadas, e a rede conseguiu recontratar tr�s profissionais ainda no ano passado. Agora, vem enfrentando melhor a segunda onda da pandemia. Inaugurou a quarta filial em janeiro e voltou a contratar, incluindo tr�s fisioterapeutas. "A crise fez com que a gente tivesse mais controle das despesas fixas do neg�cio. O aprendizado maior foi valorizar os clientes", afirma Camargo.

Caminho oposto

Se neg�cios que requerem contato pessoal sofreram mais, servi�os baseados em tecnologia aproveitaram o per�odo para crescer. O setor financeiro como um todo conseguiu crescer em 2020.

A corretora Ativa Investimentos viu a receita saltar em 83% no acumulado em 12 meses at� mar�o. Para dar conta do crescimento, contratou 52 funcion�rios durante a pandemia, diz Sylvio Fleury, diretor de rela��es com o mercado.

Uma mudan�a estrutural ajudou esse movimento: os juros b�sicos da economia chegaram a 2% em 2020, patamar m�nimo hist�rico. Apesar das recentes altas na Selic, o porcentual segue baixo, em 3,5% ao ano. Isso obriga investidores a buscar alternativas de maior rentabilidade, e muitos recorreram �s corretoras e plataformas independentes. No primeiro trimestre de 2021, o n�mero de pessoas f�sicas na Bolsa atingiu 3,5 milh�es, ante 1,7 milh�o em 2019.

Os servi�os imobili�rios tamb�m fecharam no azul em 2020. A Block Im�veis, administradora que atua na zona oeste do Rio, havia come�ado 2020 "muito bem", segundo um dos diretores, Andr� Toledo. At� que a pandemia "veio como um balde de �gua fria", diz ele.

"Mas, para a nossa surpresa, mesmo em mar�o e abril, trabalhando em home office, fizemos vendas. Em maio, o neg�cio come�ou a voltar � normalidade. Em junho e julho, as vendas come�aram a aumentar muito", afirma Toledo.

A imobili�ria contratou cinco funcion�rios e oito corretores. As vendas deste in�cio de ano est�o 30% acima das registradas no in�cio de 2020. Para Toledo, a queda da taxa do cr�dito imobili�rio tamb�m ajuda a impulsionar os neg�cios. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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