(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Ministro descarta apag�o, mas fala em a��es 'excepcionais'


12/05/2021 08:00

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afastou na ter�a-feira, 11, o risco de falta de energia el�trica no Pa�s em 2021. Ele reconheceu, no entanto, que ser� necess�ria muita aten��o, al�m da ado��o de medidas "excepcionais" para garantir o abastecimento. O Pa�s entrou no per�odo de seca com o pior volume de chuvas registrado nos reservat�rios em 91 anos.

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema El�trica (ONS), os reservat�rios de hidrel�tricas do Sudeste e Centro-Oeste, que representam 70% da capacidade de armazenamento do Pa�s, finalizaram abril com n�vel de armazenamento m�dio de 34,7%. � o menor volume registrado para o m�s desde 2015, quando a m�dia registrada foi de 33,58%. Em 2010, por exemplo, o armazenamento chegava a 81,81% do total da capacidade do reservat�rio.

A situa��o vem sendo acompanhada de perto pelo Comit� de Monitoramento do Setor El�trico (CMSE), colegiado que re�ne diversos �rg�os do setor el�trico e que � presidido pelo minist�rio. "Apesar das medidas excepcionais e da crise hidrol�gica que n�s estamos vivendo, n�s temos condi��es de garantir a seguran�a energ�tica do Pa�s para 2021, mas, j� adianto, vai exigir medidas excepcionais e tamb�m bastante aten��o por parte de todos os agentes p�blicos", afirmou o ministro, em audi�ncia na Comiss�o de Minas e Energia da C�mara dos Deputados.

Abril marcou tamb�m o fim do per�odo de chuvas mais intensas. Com isso, os reservat�rios das principais hidrel�tricas do Pa�s est�o entrando na esta��o seca com n�veis muito baixos. "Estamos com baixos n�veis dos reservat�rios, o per�odo seco j� come�ou e n�o temos perspectivas de chuvas significativas", afirmou o ministro. De acordo com proje��o do Minist�rio de Minas e Energia, com base em dados do ONS, se nenhuma medida for tomada, os reservat�rios podem chegar a 14,9% da capacidade em novembro.

A declara��o do ministro surge logo ap�s o presidente Jair Bolsonaro ter demonstrado preocupa��o com a situa��o. Na noite de segunda, ele afirmou que o Brasil ter� um novo "problema s�rio" pela frente em raz�o da falta de chuvas. "Estamos vivendo a maior crise hidrol�gica da hist�ria. Eletricidade. Vai ter dor de cabe�a. N�o chove, n�? � a maior crise que se tem not�cia. Demos mais um azar a�", disse o presidente a apoiadores no Pal�cio da Alvorada.

Termel�tricas. Para mitigar os riscos de um apag�o, desde outubro o governo decidiu acionar mais usinas termel�tricas e importar energia da Argentina e Uruguai. Mas, com o in�cio do per�odo seco, o governo decidiu na �ltima semana ampliar as medidas j� adotadas e retirou todas as limita��es que impediam o acionamento de usinas mais caras. Em outra frente de atua��o, o MME tamb�m tem se articulado com �rg�os e empresas para assegurar que o Pa�s tenha g�s suficiente para abastecer as termel�tricas.

Presidente da consultoria de energia PSR e ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE), Luiz Barroso v� a situa��o com preocupa��o. Segundo ele, trata-se de um cen�rio e um ano "desafiador" e ser� necess�rio acompanhamento constante. Ele ressaltou que h� uma preocupa��o tamb�m relacionada � quest�o dos usos m�ltiplos das �guas, e temor de que o conflito cres�a na medida em que os n�veis dos reservat�rios diminuam. Isso ocorre quando o ONS n�o consegue evitar que a �gua dos reservat�rios seja escoada por raz�es que n�o est�o relacionadas � energia, mas para abastecer a popula��o ou garantir a navega��o em uma hidrovia.

"O que separa a preocupa��o do p�nico � a disponibilidade de g�s para t�rmicas quando o operador precisar delas e a melhor gest�o de eventuais conflitos pelo uso da �gua, al�m da produ��o de energia das renov�veis", disse Barroso.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)