Com metade dos R$ 400 milh�es do aporte da Vinci Partners em m�os, o banco ga�cho Agibank quer acelerar o crescimento e abandonar de vez o chap�u de financeira. A meta � ser maior no cr�dito, com um modelo diferente daqueles de juros e calotes elevados, e atingir a marca de 35 milh�es de clientes em seis anos. O p�blico-alvo s�o clientes com pouco ou nenhum n�vel de bancariza��o, de acordo com o diretor financeiro da institui��o, Thiago Souza.
Alguns sinais j� foram vistos no primeiro trimestre, quando foi conclu�do o neg�cio com a Vinci, gestora de Gilberto Say�o. A carteira de cr�dito do Agibank cresceu 47,6% em um ano, para R$ 2,6 bilh�es. Com 2,9 milh�es de clientes, emprestou mais de R$ 1 bilh�o nos tr�s primeiros meses de 2021.
O lucro l�quido, por sua vez, teve um avan�o de 58,9% de janeiro a mar�o frente a um ano antes, para R$ 22,6 milh�es. Esse ritmo de expans�o, contudo, tende a desacelerar nos pr�ximos trimestres. Segundo Souza, o Agibank ter� de sacrificar seus resultados para crescer, a exemplo do que se v� na arena de bancos digitais e fintechs.
"O banco se preparou no primeiro trimestre, fazendo seu dever de casa. Agora, o foco � acelerar o crescimento do n�mero de contas. Toda vez que voc� cresce, machuca resultados", diz o diretor, em entrevista exclusiva ao Estad�o/Broadcast. Em 2020, o lucro l�quido foi de R$ 104,7 milh�es.
O foco principal � a amplia��o da presen�a f�sica. Com 750 lojas, como chama as suas ag�ncias, a meta � alcan�ar 2 mil unidades em cinco anos. Ser�o mil pontos ao fim de 2021. Souza diz que � uma ag�ncia diferente das tradicionais. "N�o tem porta girat�ria, seguran�a armado. � um modelo menor, com custo baixo e break-even (ponto de equil�brio) r�pido", afirma.
O formato simplificado tem o objetivo de dar apoio ao cliente para que, depois, ele consiga se virar sozinho. Al�m disso, a amplia��o da rede tamb�m mira atender os correntistas que vieram com a vit�ria do leil�o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para responder por pagamentos de benefici�rios entre 2020 e 2024. Nesse sentido, o alvo s�o as regi�es Norte, Nordeste, principalmente Maranh�o, al�m de S�o Paulo, e Rio Grande do Sul.
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Uma pr�via do apetite regional � a nova sede do Agibank, em Campinas, S�o Paulo. O banco nasceu como uma financeira, em 1999, no Rio Grande do Sul. Agora, quer deixar esse chap�u no passado e crescer como um banco de relacionamento, com pegada digital e tamb�m presen�a f�sica. � o chamado omnichannel, que combina diferentes canais, ao gosto do fregu�s.
O Agibank mira um p�blico desbancarizado que precisa de orienta��o para se adaptar � era digital. A maioria de seus correntistas tem mais de 50 anos e renda mensal acima de R$ 5 mil.
Dos cerca de 3 milh�es de clientes, metade s�o ativos, ou seja, geram alguma receita para o banco. Para manter essa propor��o e aument�-la, o Agibank estabeleceu quatro linhas de atua��o: cr�dito, seguros, investimentos e um marketplace. A meta n�o � parar nesses, mas os planos s�o mantidos em sigilo.
O cheque da Vinci tamb�m deve dar um impulso em fus�es e aquisi��es. O Agibank monitora ativos das �reas de tecnologia, conte�do e investimentos. Metade dos recursos do aporte j� foram investidos, e os outros R$ 200 milh�es vir�o ao longo deste ano, dando f�lego para o banco crescer e comprar. "O Agibank caminha para um modelo de plataforma, que, no fim do dia, requer audi�ncia e tecnologia", resume Souza.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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