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Estado de Minas ECONOMIA

Commodities e d�lar em alta turbinam lucros de exportadoras no 1� trimestre


15/05/2021 13:00

Impulsionadas pela alta do d�lar e pelo avan�o da cota��o das commodities, as empresas exportadoras voltaram a apresentar resultados fortes no primeiro trimestre e consolidaram a posi��o de principais ganhadoras entre o grupo das companhias de capital aberto brasileiras na crise da pandemia. Os analistas esperam a sustenta��o de n�meros favor�veis ao longo do ano e dizem que o desempenho do grupo ajudar� a dar contribui��o positiva para a retomada da economia, que ainda � desigual.

Lideradas pela Vale, o conjunto de 13 das principais empresas listadas voltadas ao mercado externo viu a receita avan�ar 45% no primeiro trimestre, na compara��o com igual per�odo de 2020, para cerca de R$ 340 bilh�es, segundo levantamento feito pelo Estad�o/Broadcast. Juntas, elas tiveram lucro de R$ 44,6 bilh�es, ante preju�zo de 76,4 bilh�es no primeiro trimestre do ano passado, quando uma s�rie de efeitos cont�beis distorceu os dados. Al�m da mineradora e da Petrobr�s, o grupo inclui nomes como Suzano, BRF, WEG, Braskem e Klabin.

"A recupera��o de volume foi muito relevante e houve choque de pre�os. � natural que eles sejam os vencedores", afirma Luis Gustavo Pereira, chefe de mercado de capitais na Guide. Segundo ele, a combina��o entre d�lar alto e pre�os elevados de commodities deve manter os resultados dessas companhias fortes em 2021.

A Vale retrata esses benef�cios. Com o min�rio de ferro pr�ximo das recordes hist�ricos, a mineradora viu a receita avan�ar 122%, para quase R$ 70 bilh�es no primeiro trimestre, com uma gera��o de caixa (medida pelo Ebitda) recorde e um lucro de R$ 30 bilh�es.

A empresa, por�m, mostra alguma cautela com os pre�os. "No decorrer do ano, do lado da oferta, os volumes (produzidos) devem aumentar em rela��o ao segundo semestre de 2020, enquanto a demanda de min�rio de ferro pode ser impactada por cortes de produ��o devido a restri��es ambientais na China", disse a mineradora em seu balan�o.

No setor de prote�nas, a maior empresa, a JBS, aproveitou-se de sua vasta diversifica��o geogr�fica para tomar carona na recupera��o da economia de pa�ses como os Estados Unidos. Em mensagem que acompanhou o balan�o, o CEO, Gilberto Tomazoni, disse que a reabertura de restaurantes depois da vacina��o contra a covid-19 nos EUA, mais r�pida que no Brasil, est� aumentando as vendas da unidade americana, a maior da empresa.

Efeito no PIB. A expectativa � que o bom desempenho dessas gigantes l� fora acabe beneficiando a atividade econ�mica como um todo no Brasil. "As empresas aumentam receitas, rentabilidade, e, se perceberem que o cen�rio vai continuar, v�o investir", afirma Carlos Antonio Rocca, coordenador do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec-Fipe). "Al�m do benef�cio do setor, acabam carregando investimento. Isso gera demanda na cadeia de fornecedores."

A melhora do ambiente externo tem sido citada como um dos fatores que podem levar o Brasil a ter um PIB mais forte neste ano, atrav�s das exporta��es, e j� motiva revis�es por parte de alguns economistas e bancos. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a expectativa � de um crescimento do PIB de 3,1% em 2021. H� um m�s, estava em 3,04%.

Desigual

Enquanto os exportadores se consolidam na ponta positiva, os economistas chamam a aten��o para o comportamento desigual das empresas de capital aberto na pandemia. "O panorama � todo de disparidade enorme entre as empresas e setores", afirma Rocca, com base nas an�lises feitas sobre os resultados de 2020 e que ele n�o acredita ter mudado no primeiro trimestre.

No grupo dos mais afetados, est�o companhias que foram diretamente impactadas pelo fechamento da economia e cuja recupera��o depende da melhora na pandemia, ou seja, do ritmo de vacina��o. H� ainda diferen�a dentro dos pr�prios setores: algumas empresas de varejo se beneficiaram de opera��es digitais mais s�lidas, por exemplo. Outras, em contraste, dependem mais de vendas em lojas, como as de vestu�rio, e foram fortemente afetadas.

O setor a�reo, por�m, � o maior exemplo das disparidades. Em seus balan�os de primeiro trimestre, ainda fortemente impactados pela pandemia, Azul e Gol apostaram todas as fichas na vacina��o contra a covid-19, e sinalizaram alguma recupera��o nas vendas de passagens nas �ltimas semanas do primeiro trimestre. No entanto, reconheceram que o baque da segunda onda foi forte.

De janeiro a mar�o, a Gol viu a receita cair 50,2% em rela��o a um ano antes. A Azul perdeu 34,9% das receitas. Para analistas, os n�meros demonstraram que essas empresas ainda precisam sobreviver ao curto prazo, diante de uma pandemia ainda longe do fim. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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