Participa��o da Petrobras na FBCF caiu para 3,8% em 2020, mostra levantamento

A participa��o da Petrobras na Forma��o Bruta de Capital Fixo (FBCF) do Brasil vem caindo anualmente, e a tend�ncia � de que esse movimento persista tamb�m em 2021. Em 2014, a participa��o na FBCF da estatal era de 7,6%, passando para 3,8% em 2020, segundo levantamento do economista Cloviomar Caranine, da subse��o do Departamento Intersindical de Estat�sticas e Estudos Socioecon�micos na Federa��o �nica dos Petroleiros (Dieese/FUP).

Para 2021, a proje��o tamb�m � de queda, ap�s a divulga��o dos resultados da estatal sobre o desempenho do primeiro trimestre deste ano.

Os investimentos realizados, de US$ 1,9 bilh�o nos tr�s primeiros meses, v�o na linha dos investimentos anteriores e mostram queda de 6,6% em rela��o ao trimestre anterior, e de 21,3% em rela��o ao 1� trimestre de 2020.

"A compara��o entre os investimentos da Petrobras e o total de investimentos realizados pela economia brasileira (Forma��o Bruta de Capital Fixo) mostra que a Petrobras vem reduzindo sua participa��o. Se em 2009, a Petrobras sozinha, respondia por 11,1% de todos os investimentos realizados na economia brasileira, em 2020 foi de 3,8%", informa o economista.

Para ele, a Petrobras tem capacidade de realizar volume maior de investimentos, o que poderia ajudar no enfrentamento da crise econ�mica, agravada pela pandemia da covid-19.

"Basta ver que, em 2010, o PIB brasileiro cresceu 7,5% em um momento em que as grandes economias mundiais estavam em queda (naquele ano, a participa��o da Petrobras na FBCF foi de 9,6%). Mas, a partir de 2014, percebe-se uma mudan�a estrutural, aprofundada em 2016, de redu��o dos investimentos das estatais (em especial da Petrobras)", explica Caranine.

Segundo o levantamento, mesmo buscando focar em investimentos em explora��o e produ��o na regi�o Sudeste - e reduzindo presen�a no Nordeste -, os resultados da Petrobras refletem quedas de investimentos tamb�m nessa �rea, com menos 24% no primeiro trimestre de 2021 contra 2020, ou de 50% no pr� e p�s-sal, em refino e projetos em energias renov�veis, entre outros, informa o economista do Dieese/FUP.