
A Caixa Econ�mica Federal anunciou nesta ter�a-feira (18/5) o lan�amento de linhas de cr�dito com condi��es especiais para os caminhoneiros, segundo apurou o Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado. As medidas integram o pacote que ser� divulgado tamb�m nesta ter�a pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para atender a demandas da categoria e tentar afastar riscos de paralisa��o.
As linhas servir�o ao cr�dito pessoal, � renegocia��o de d�vidas e, mais adiante, � antecipa��o dos receb�veis dos caminhoneiros. Sobretudo na antecipa��o, o objetivo � baratear o custo dessa opera��o, uma vez que hoje os profissionais da �rea acabam antecipando os ganhos com o frete fora do sistema financeiro nacional (em postos de gasolina, por exemplo), a taxas muito elevadas, o que drena boa parte da sua renda.
Com as novas medidas, os caminhoneiros aut�nomos ter�o acesso ao Documento Eletr�nico de Transportes (DT-e), que poder� ser usado no celular e ter� uma s�rie de servi�os � disposi��o, de forma oficial e regularizada.
A partir desse documento, segundo fontes da �rea econ�mica, a carta de frete passar� a ser reconhecida oficialmente como um receb�vel, o que permitir� seu uso como garantia na obten��o de cr�dito junto a bancos e at� mesmo fintechs do setor financeiro.
A Caixa j� tem uma linha de cr�dito engatilhada para isso e deve lan�ar at� o fim de junho a linha GiroCAIXA F�cil Caminhoneiro, que poder� ser contratada pelo aplicativo Caixa Tem.
O banco tamb�m ofertar� desde j� condi��es especiais para cr�dito pessoal aos caminhoneiros, com taxa de juros de 3,01% at� 3,70% ao m�s, car�ncia de at� 60 dias para o pagamento da primeira parcela e prazo de at� 60 meses para quitar o contrato.
Caso o trabalhador tenha im�vel, ele poder� ser usado como garantia na obten��o de um financiamento de at� 60% do valor do bem. A taxa de juros varia de 0,60% a 1,10% ao m�s, com 180 meses para pagar.
A Caixa ainda vai oferecer condi��es diferenciadas de renegocia��o, com parcelamento de d�vidas comerciais em at� 96 meses, taxa de juros a partir de 1,14% e descontos de at� 90% para liquida��o de d�vidas comerciais com atraso superior a 360 dias.
Tamb�m haver� possibilidade de financiamento de projetos de Ponto de Parada e Descanso (PPD) para estabelecimentos certificados. Nessa modalidade, as condi��es do cr�dito depender�o de cada projeto, mas as taxas partem de 0,99% ao m�s e prazo de at� 120 meses para pagamento.
Com as linhas de cr�dito e as medidas de simplifica��o, o governo centra esfor�os em frentes que n�o dependem de espa�o fiscal - que hoje inexiste.
No in�cio de mar�o, o governo zerou por dois meses as al�quotas de PIS/Cofins sobre o diesel para conter a insatisfa��o dos caminhoneiros, categoria que integra a base de apoio de Bolsonaro, com o pre�o dos combust�veis. Para isso, elevou a tributa��o de bancos e extinguiu um regime especial da ind�stria qu�mica.
No in�cio do ano, o diesel teve reajustes sucessivos na esteira da valoriza��o do d�lar e dos pre�os internacionais do petr�leo, da� a press�o dos caminhoneiros. Al�m da benesse tribut�ria, o epis�dio culminou na demiss�o do ent�o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, substitu�do por um militar, o general da reserva Joaquim Silva e Luna.
A falta de espa�o no Or�amento para absorver novos gastos ou ren�ncias, por�m, levou � n�o renova��o dessa isen��o. O governo tem sinalizado que conduz estudos para tentar viabilizar o barateamento dos combust�veis para os caminhoneiros, mas na �rea econ�mica a avalia��o � que n�o h� margem para abrir m�o de receitas sem que haja compensa��o.