
A escassez de chuvas neste per�odo do ano novamente se reflete na gera��o e no custo de energia el�trica no pa�s, j� que os reservat�rios das usinas hidrel�tricas operam com capacidade baixa. Balan�o divulgado pelo Organizador Nacional do Sistema El�trico (ONS), ontem, indica que os reservat�rios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste est�o com 33,01% de �gua. Essa capacidade significa cerca de um m�s de energia estocada, segundo Walter Fr�es, diretor-geral da CMU Energia. “Quando os reservat�rios do Brasil inteiro est�o com 100%, e isso n�o acontece h� anos, temos cerca de quatro meses de energia estocada. Com 30% do reservat�rio, � pouco mais de um m�s de energia reservada", explica.
Sendo a principal fonte de gera��o de energia do pa�s, as usinas hidrel�tricas s�o respons�veis por mais de 50% da matriz nacional e por tr�s do funcionamento delas est�o os reservat�rios de �gua. Para manter os reservat�rios cheios, grandes volumes de chuva s�o necess�rios, mas entre abril e setembro a escassez passou a ser algo comum no Brasil.
Segundo a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig), as baixas precipita��es registradas nos �ltimos 10 anos t�m resultado em baixas vaz�es, dificultando a recupera��o dos n�veis dos reservat�rios em toda a Regi�o Sudeste, que responde por aproximadamente 70% do armazenamento de �gua do sistema el�trico interligado nacional. Para solucionar a falta de chuvas, o ONS determina o acionamento das usinas termel�tricas, por�m o uso desse m�todo � mais caro, o que se reflete nas contas de luz dos consumidores.
"As usinas termel�tricas t�m custo de gera��o mais alto, mas, como a crise h�drica est� se agravando, o governo manda as t�rmicas gerarem a energia. Acredito que n�o h� riscos de racionamento neste ano, mas a conta deve ficar mais cara e a expectativa � de que a bandeira vermelha permane�a", diz Walter Fr�es.
A Cemig tamb�m esclareceu que, no caso das reservas de hidrel�tricas ficarem relativamente vazias, o suprimento ser� das termel�tricas e n�o existe risco de racionamento, pelo fato de o sistema nacional ser interligado e contar com essa op��o de gera��o. Sobre o uso das bandeiras tarif�rias, a companhia destacou que isso sinaliza o custo para produ��o de energia e, por causa do baixo n�vel dos reservat�rios, as usinas t�rmicas s�o usadas e, consequentemente, geram mai- or custo. Para este m�s, a bandeira � vermelha patamar 1 para todo o pa�s. O que significa que todos os brasileiros pagam um valor adicional de R$ 4,16 para cada 100kWh consumidos.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Marc�lio de Moraes