Ipea revisa proje��o para IPCA de 2021 de 4,6% para 5,3%

O Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) revisou a previs�o para a infla��o medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021, que aumentou de 4,6% para 5,3%. O �ndice � apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) e usado como refer�ncia para o sistema de metas de infla��o perseguido pelo Banco Central.

"Para a composi��o desse cen�rio, estima-se que, mesmo diante da recente acelera��o na margem, os pre�os das commodities n�o devem subir a n�veis significativamente acima dos n�veis atuais, o que, junto a um comportamento mais favor�vel da taxa de c�mbio, deve reduzir a press�o sobre os pre�os dom�sticos", prev� o Ipea, em nota oficial.

A piora na proje��o para o IPCA deste ano foi puxada por uma press�o maior nos aumentos de pre�os de bens e servi�os monitorados pelo governo. O Ipea reviu sua expectativa de alta de pre�os monitorados de 6,4% para 8,4% em 2021.

Tamb�m houve contribui��o das revis�es de proje��es para a infla��o dos bens industriais, que passou de 3,8% para 4,3%, e dos servi�os livres (exceto educa��o), que avan�aram de 3,6% para 4,0%.

A previs�o de aumento nos pre�os dos alimentos no domic�lio em 2021 foi mantida em 5,0%.

O IPCA acumulado em 12 meses alcan�ou 6,76% em abril, ante uma meta de infla��o de 3,75% no ano de 2021, com teto de toler�ncia de 5,25%.

"Contudo, as proje��es indicam recuo na infla��o de 12 meses no segundo semestre, uma vez que, nos primeiros meses da pandemia em 2020 houve defla��o (tornando a base de compara��o baixa) e, no segundo semestre, a significativa acelera��o inflacion�ria aumentou a base de compara��o", lembrou o Ipea na Carta de Conjuntura divulgada nesta segunda-feira, 24.

Os pesquisadores revisaram tamb�m a previs�o do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC), de 4,3% para 4,7% em 2021.

"Os riscos para essa previs�o de infla��o em 2021 est�o relacionados �s oscila��es da taxa de c�mbio e dos pre�os internacionais das commodities, que podem surpreender positiva ou negativamente", avaliou o diretor de Estudos e Pol�ticas Macroecon�micas do Ipea, Jos� Ronaldo Souza J�nior, em nota distribu�da � imprensa.