Rodrigo Limp: temos que avan�ar na pauta de privatiza��es, n�o s� da Eletrobras

O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, afirmou nesta ter�a-feira, 25, que tem "expectativa positiva" com a tramita��o da Medida Provis�ria (MP) que autoriza a privatiza��o da holding estatal no Congresso Nacional. Sem entrar em detalhes sobre o projeto de convers�o em lei da MP, Limp ressaltou que a capitaliza��o da companhia � "muito importante" para ampliar a capacidade de investimentos, a competitividade e a agilidade da empresa.

"Para permanecer como protagonista, a Eletrobras precisa aumentar sua capacidade de investimentos", afirmou Limp, em evento online promovido pelo banco BTG Pactual.

Segundo o executivo, a Eletrobras investiu, nos �ltimos dois anos, em m�dia, R$ 3 bilh�es ao ano. Com a capitaliza��o, desenhada para permitir a sa�da da Uni�o do controle da companhia, o plano � elevar os montantes para "quase R$ 13 bilh�es ao ano", disse Limp.

Em parte, segundo Limp, a capacidade de investimentos da Eletrobras caiu tanto porque foi preciso fazer ajustes financeiros de 2016 para c�, ap�s a empresa perder valor de 2012 a 2015, quando houve mudan�as no setor el�trico, promovidos pelo governo Dilma Rousseff (PT). Nesse processo, Limp citou o foco nas privatiza��es em geral, incluindo as distribuidoras regionais que eram controladas pela estatal.

O executivo citou a conclus�o da constru��o da usina termonuclear de Angra 3 como o principal projeto de investimentos da Eletrobras, mas esse ativo n�o permanecer� com a companhia ap�s a privatiza��o. Pela Constitui��o Federal, usinas nucleares precisam ter controle da Uni�o.

Editada em fevereiro, a MP que autoriza a privatiza��o da Eletrobras precisa ser aprovada at� o dia 22 de junho pelo Senado Federal para n�o perder validade. Na �ltima quarta-feira (19), o projeto de convers�o da MP em lei foi aprovado na C�mara dos Deputados e seguiu para o Senado. Se os senadores modificarem o texto, ele ter� que voltar para mais uma an�lise dos deputados, o que aumenta o risco de perder o prazo.

Para conseguir a aprova��o na C�mara, o Executivo j� tinha previsto no texto original da MP a garantia de investimentos regionais, para agradar parlamentares do Norte e do Nordeste. S� que, no projeto de convers�o, os deputados inclu�ram uma s�rie de mudan�as, como previs�o de investimentos em termel�tricas em locais onde n�o h� reservas ou gasodutos, contrata��o obrigat�ria de pequenas centrais hidrel�tricas (PCHs) nos leil�es e renova��o de contratos de energia velha a pre�os superiores ao de usinas novas.

Segundo especialistas, esses "jabutis" - como s�o chamados, no jarg�o do Congresso, altera��es inclu�das numa MP que nada t�m a ver com o assunto original da lei - poder�o atrapalhar investimentos futuros no setor el�trico e elevar a conta de luz para os consumidores finais.

Limp evitou comentar sobre esses outros pontos, ao falar sobre o assunto no evento do BTG Pactual.