O Tesouro Nacional revisou sua estrat�gia para a D�vida P�blica Federal (DPF) e vai emitir um volume menor de t�tulos prefixados, concentrando mais suas emiss�es em pap�is atrelados � Selic e � infla��o. Ao fim do ano, o �rg�o tamb�m tra�ou um cen�rio com estoque da d�vida menor: entre R$ 5,5 trilh�es e R$ 5,8 trilh�es.
Em janeiro, quando divulgou a primeira vers�o do Plano Anual de Financiamento (PAF), o Tesouro informou que a d�vida ficaria em valor entre R$ 5,6 trilh�es e R$ 5,9 trilh�es.
Segundo o Tesouro, os novos limites demonstram um "cen�rio mais benigno" para os indicadores da d�vida na compara��o com as expectativas de janeiro e representam menor risco de refinanciamento da d�vida.
"Os novos limites significam menor risco de refinanciamento para a d�vida, uma vez que haver� menor concentra��o de d�vida de curto prazo. Esta mudan�a de expectativas � importante, considerando a redu��o do prazo da DPF ocorrida ao longo de 2020, em fun��o das emiss�es de t�tulos para enfrentamento dos efeitos econ�micos e sociais da pandemia", destacou o Tesouro.
Segundo o �rg�o, o estoque da DPF tende a ficar menor, sobretudo devido � expectativa de menores coloca��es de t�tulos prefixados, em particular aqueles com prazos mais reduzidos. "Esse ajuste na estrat�gia de financiamento se traduz em uma composi��o com maior participa��o de t�tulos remunerados por taxas de juros flutuantes e dos remunerados por �ndices de pre�os, em detrimento dos prefixados", explicou.
A revis�o do PAF, segundo o Tesouro, � necess�ria para adequar a estrat�gia de financiamento �s condi��es de demanda observadas no primeiro quadrimestre do ano, que permitiram ao Tesouro Nacional privilegiar maior emiss�o de LFTs, remuneradas pela Selic, e NTN-Bs, atreladas � infla��o. Esses t�tulos t�m prazos maiores, em detrimento das LTNs, prefixados com vencimentos em at� 12 meses.
Em termos de composi��o da d�vida ao fim do ano, o Tesouro prev� que os t�tulos prefixados ficar�o entre 31% e 35% da DPF (antes, 38% a 42%). Nos pap�is atrelados � infla��o, a meta subiu para 26% a 30% da DPF (antes, 24% a 28%). Os t�tulos remunerados pela Selic tiveram a meta alterada para 33% a 37% da d�vida (antes, 28% a 32%). N�o houve altera��o na previs�o para os pap�is atrelados ao c�mbio, que devem ficar em 3% a 7% da DPF.
Com a mudan�a no perfil das emiss�es, o Tesouro tamb�m prev� menor concentra��o de t�tulos com vencimento no curto prazo. A parcela da d�vida vencendo em 12 meses deve ficar em 22% a 27% da DPF (antes, 24% a 29%). J� o prazo m�dio subiu e deve ficar de 3,4 anos a 3,8 anos (antes, 3,2 a 3,6 anos).
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