IBGE v� pior momento do mercado de trabalho em mais de 1 ano de pandemia

O mercado de trabalho no Brasil vive seu pior momento em mais de um ano de pandemia, confirmou Adriana Beringuy, analista da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A taxa de desocupa��o do Pa�s subiu de 13,9% no quarto trimestre de 2020 para um �pice de 14,7% no primeiro trimestre de 2021, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua) divulgados pelo IBGE.

"Aumentar a desocupa��o no primeiro trimestre de cada ano n�o � uma situa��o espec�fica desse ano de 2021, � um comportamento relativamente esperado para esse momento do ano. O que a gente tem � que essa sazonalidade pode estar sendo refor�ada pelo ac�mulo que a gente vem tendo ao longo de 2020 de uma queda muito significativa de pessoas ocupadas, na medida que o tempo vai passando, e as pessoas passem a pressionar mais o mercado de trabalho em busca de ocupa��o", disse Adriana Beringuy.

O Pa�s registrou um recorde de 14,805 milh�es de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em mar�o, 880 mil pessoas a mais em busca de uma vaga em rela��o ao trimestre encerrado em dezembro. Em rela��o a mar�o de 2020, o n�mero de desempregados aumentou 15,2%, 1,956 milh�o de pessoas a mais procurando trabalho.

"Os que contribu�ram para o aumento na desocupa��o foram as mulheres, foram pretos e pardos, e, em termos regionais, foram Norte e Nordeste do Pa�s", apontou Adriana.

J� a popula��o ocupada somou 85,650 milh�es de pessoas, 529 mil trabalhadores a menos em um trimestre. Em rela��o a um ano antes, 6,573 milh�es de pessoas perderam seus empregos.

A taxa de desemprego s� n�o subiu ainda mais porque a popula��o inativa cresceu a 76,483 milh�es de pessoas, 225 mil a mais que no trimestre anterior. Em rela��o ao mesmo per�odo de 2020, a popula��o inativa aumentou em 9,202 milh�es de pessoas.

Considerando todos os subutilizados, faltou trabalho para um recorde de 33,202 milh�es de pessoas no Pa�s no primeiro trimestre de 2021. A conta inclui as pessoas em busca de emprego, quem est� trabalhando menos horas do que gostaria e poderia, al�m das pessoas que n�o est�o procurando vaga mas est�o dispon�veis para trabalhar, como os desalentados.

Para Adriana, o avan�o da desocupa��o e da subutiliza��o � maior atualmente em fun��o da crise no mercado de trabalho provocada pela pandemia.

"� uma conjun��o de fatores. No primeiro trimestre, a gente tem a quest�o tanto da crise em si, que est� comprometendo a absor��o da m�o de obra, e o momento que � prop�cio ao aumento da desocupa��o", contou Adriana. "De fato, esse primeiro trimestre pode ser visto como um momento bastante desfavor�vel para o mercado de trabalho", acrescentou.