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Estado de Minas ENERGIA

Estiagem afeta reservat�rios e Cemig projeta seca hist�rica

Com chuvas abaixo da m�dia hist�rica, armazenamento de �gua de usinas de Nova Ponte e Emborca��o est� em situa��o de emerg�ncia


29/05/2021 04:00 - atualizado 29/05/2021 09:53

Seca no Norte de Minas, que, junto a outros 4 estados, recebeu alerta de crise hídrica de junho a setembro devido à baixa precipitação na Bacia do Prata (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press %u2013 16/8/17)
Seca no Norte de Minas, que, junto a outros 4 estados, recebeu alerta de crise h�drica de junho a setembro devido � baixa precipita��o na Bacia do Prata (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press %u2013 16/8/17)

Pela primeira vez em 111 anos de servi�os meteorol�gicos no Brasil, Minas Gerais e outros quatro estados (Goi�s, Mato Grosso do Sul, S�o Paulo e Paran�) est�o em situa��o de emerg�ncia h�drica devido � queda do volume de chuvas esperado para o per�odo de junho a setembro deste ano. A Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) confirmou ontem que espera a pior estiagem da hist�ria e gerencia n�vel de emerg�ncia dos reservat�rios das usinas hidrel�tricas de Nova Ponte, no Rio Araguari, e de Emborca��o, no Rio Parana�ba. Preocupa tamb�m o lago de Tr�s Marias, atualmente com 64% de volume �til.
 
A escassez de precipita��o na Bacia do Prata se tornou alvo de preocupa��o do Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), que emitiu comunicado junto a outros �rg�os federais ligados � meteorologia, como a Ag�ncia Nacional de �guas e Saneamento B�sico (ANA) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Na regi�o, a situa��o � classificada como “severa” pelos especialistas.
 
Os cinco estados inclu�dos no alerta emitido ontem abrigam polos de produ��o agropecu�ria e t�m grandes hidrel�tricas com participa��o importante no sistema nacional interligado de abastecimento de energia. A Cemig destacou que o momento � de criticidade h�drica.
“Estamos esperando o pior per�odo seco do hist�rico, fruto de anos consecutivos de baixas precipita��es. Mas temos que lembrar que o setor el�trico � interligado e quando temos um d�ficit de capacidade de gera��o em determinada regi�o, a energia vem de outras regi�es”, explicou o gerente de planejamento estrat�gico da concession�ria mineira, Ivan S�rgio Carneiro. Ele enfatizou que h� matriz energ�tica muito ampla e tem fontes t�rmicas, e�licas e fotovoltaicas que garantem o suprimento energ�tico do sistema interligado nacional.
 
Uma das preocupa��es � com o reservat�rio de Tr�s Marias, cujo n�vel est� em 64% de volume �til. Segundo a Cemig, a vaz�o afluente atingiu o n�vel de 150 metros c�bicos e uma deflu�ncia de 400m³. Por outro lado, os reservat�rios de Nova Ponte (16%), no Rio Araguari, e de Borca��o (22%), no Rio Parana�ba, j� est�o sendo classificados em situaa��o de emerg�ncia.
 
Ivan Carneiro destacou que a companhia tem sempre tentado preservar os despacho das usinas, e estuda novas faxas de opera��o das unidades geradoras, avaliando enventuais demandas de quantidade maior de �gua. “Estamos sempre articulando com o Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) a possibilidade de fazer despacho �timo, preservando os n�veis dos armazenamentos”, afirma o gerente da concession�ria.
 
O meteorologista Ruibran dos Reis, do Climatempo, diz que o problema no estado se deve ao baixo volume de chuvas entre dezembro e abril: “O per�odo chuvoso em Minas historicamente come�a em outubro e termina em abril. E o per�odo seco come�a em maio e dura at� setembro. A falta de chuvas nesse per�odo � comum.”
 
A dificuldade � que em janeiro, mar�o e abril as chuvas ficaram muito abaixo da m�dia. “S� tivemos chuva efetivamente em fevereiro. Em novembro e dezembro tamb�m choveu muito abaixo da m�dia, sem poder encher totalmente os reservat�rios. Foi, realmente, um per�odo chuvoso muito ruim”, explica Ruibran dos Reis. Ele lembrou que o per�odo seco atual � fruto de uma situa��o normal para a �poca e que no per�odo de racionamento de energia que o Brasil enfrentou em 2001, a estiagem foi pior. “A seca naquele per�odo foi bem severa tamb�m.”

Alternativa De acordo com o relat�rio do SNM, a falta de chuvas na bacia do Paran� est� provavelmente relacionada � influ�ncia do fen�meno La Ni�a, de outubro de 2020 a mar�o �ltimo, que leva ao resfriamento das �guas do Oceano Pac�fico, altera o padr�o de circula��o global e reduziu chuvas no sul do Brasil. Outra causa seria a Oscila��o Ant�rtica (OA), respons�vel por alterar o padr�o de press�o atmosf�rica na regi�o.
 
Nos �ltimos meses, as chuvas ficaram acima da m�dia na Bacia do Paran� somente em dezembro de 2019, agosto de 2020 e janeiro passado. No restante do d�ficit avaliado, os estados sofreram com aus�ncia de precipita��o. Desde o come�o deste m�s, o volume parcial foi de 27 mil�metros para a bacia, bem abaixo do acumulado climatol�gico, que � de 98 mil�metros.
 
Para minimizar o impacto da seca entre julho e novembro, o governo federal far� restri��es h�dricas em usinas nas bacias dos rios Grande e Paran�. Ser�o adotadas medidas para armazenar �gua nos reservat�rios das hidrel�tricas, evitando que seja liberado um volume usado, por exemplo, para assegurar a navega��o em rios e garantir �gua pot�vel para a popula��o de alguns munic�pios, onde a for�a dos rios que des�guam no mar evita o retorno da �gua salgada.

Sem energia A Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) pediu, ontem, explica��es � Belo Monte Transmissora de Energia sobre a ocorr�ncia em um bipolo no sistema de transmiss�o da usina de Belo Monte, que levou a  corte de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) que durou cerca de 20 minutos.

Segundo a �rea de fiscaliza��o da ag�ncia, uma primeira ocorr�ncia, �s 11h06, na linha de transmiss�o de alta tens�o entre Par� e Minas Gerais, que escoa energia de Belo Monte, teria causado sobrecarga em outros polos do sistema de transmiss�o associado � usina, “sem maiores consequ�ncias para o Sistema Interligado”. A ag�ncia informou ainda que, na sequ�ncia, �s 11h26, houve um segundo desligamento na linha, e o desligamento de seis unidades geradoras da usina de Belo Monte, o que provocou a interrup��o. A Aneel n�o informou quais localidades do pa�s tiveram o fornecimento de energia el�trica comprometido. (Com ag�ncias)


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