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Estado de Minas ECONOMIA

Pessoas f�sicas obrigam reinven��o de RIs de empresas


29/05/2021 07:56

O acr�scimo de quase 2 milh�es de investidores pessoa f�sica na Bolsa brasileira trouxe um novo direcionamento �s �reas de rela��es com investidores das empresas de capital aberto. Antes muito t�cnicas e acostumadas a falar "dif�cil", em uma linguagem cheia de jarg�es, essas �reas est�o tendo de reinventar sua comunica��o e desenvolver ferramentas para atingir o novo p�blico pouco experiente no mercado de a��es. Ou seja: chegou a hora de os RIs falarem portugu�s claro.

Para o Ita� Unibanco, o investidor pessoa f�sica n�o � novidade. Isso porque os investidores procuram investir em empresas que conhe�am bem - da� a prefer�ncia pelos "banc�es". Na esteira da queda nos juros, por�m, o n�mero de investidores pessoas f�sicas no maior banco privado da Am�rica Latina saiu de 250 mil para 500 mil, obrigando uma adapta��o da �rea de rela��es com investidores.

Ap�s um ano debru�ado sobre o assunto, o Ita� resolveu mudar suas ferramentas e reformou todo o site de RI para aumentar a acessibilidade, incluindo ali o uso de intelig�ncia artificial. Criou o seu pr�prio dicion�rio, que batizou de 'Ita�pedia', com a proposta de decifrar termos por vezes inacess�veis. As redes sociais, segundo o diretor de rela��es com investidores do Ita�, Renato Lulia, tornaram-se canal vital para se chegar a esse novo investidor.

O banco possui hoje uma estrutura 100% dedicada �s pessoas f�sicas, que t�m uma demanda por informa��o e d�vidas muito distantes dos grandes investidores. "� preciso garantir que grandes fundos e pessoas f�sicas tenham acesso � mesma informa��o, mas de fato n�o � um trabalho trivial, pois o n�vel de conhecimento varia", afirma.

Fen�meno semelhante ocorreu na fabricante de motores e equipamentos Weg. Do fim de 2018 at� aqui, o total de investidores pessoa f�sica se multiplicou por dez, para 300 mil pessoas. Parte desses investidores � atendido pela Wendi, assistente virtual da �rea de rela��es com investidores da empresa. "Ali � poss�vel sanar as principais demandas. Ela responde as d�vidas mais simples. Constitu�mos uma base de dados e estamos recebendo um feedback positivo. A ideia � ir monitorando e alimentando o sistema, para que, com o tempo, ela consiga responder cada vez mais perguntas", comenta o gerente de rela��es com investidores da Weg, Andr� Salgueiro.

Para os itens mais comuns levantados por pessoas f�sica - como o pagamento de dividendos -, a Wendi consegue responder na hora. A assistente virtual orienta at� sobre como s�o feitas compras de a��es. Responde que o interessado precisa procurar uma corretora e sugere, na sequ�ncia, que � importante buscar mais informa��es junto � pr�pria B3 e ao regulador, a Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM). Ela tamb�m responde � pergunta mais comum nesta �poca do ano: informe de rendimentos para o Imposto de Renda.

Na Weg, a mudan�a tamb�m chegou �s redes sociais, pois � onde muitos investidores tiram d�vidas. Por isso, Salgueiro conta que a �rea tamb�m come�ou a fazer um monitoramento nas redes - algo que identificaram como necess�rio com o aumento de investidores indo buscar informa��es por meio dos "influencers" na internet.

O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Rela��es com Investidores (Ibri), Bruno Salem Brasil, afirma que a �rea de RI est� em uma curva de aprendizado para entender como esses novos investidores v�o buscar informa��es. "As ferramentas de RI utilizadas no passado t�m seu valor, mas est�o sendo incorporados novos instrumentos." Ele frisa, ainda, que � natural que a �rea de RI tenha cautela para ingressar em uma nova rede para fazer sua comunica��o. "O RI n�o pode viver de modismo. A descontinuidade de um canal de comunica��o � muito ruim."
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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