
O endividamento das fam�lias brasileiras chegou a 68% em maio, alcan�ando mais um patamar hist�rico. Segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimpl�ncia do Consumidor (Peic), realizada pela Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), divulgada nesta segunda-feira (31/05), esse foi o sexto aumento consecutivo.
Desta vez, foi acompanhado tamb�m da primeira alta, em oito meses, da inadimpl�ncia no pa�s.
Desta vez, foi acompanhado tamb�m da primeira alta, em oito meses, da inadimpl�ncia no pa�s.
Desde agosto do ano passado, � a primeira vez que a taxa de fam�lias com d�vidas ou contas em atraso aumenta na passagem mensal, chegando a 24,3% em maio. Al�m disso, 10,5% dos brasileiros declararam n�o ter condi��es de pagar as contas e quitar as d�vidas, o que faz com que essa parcela permane�a na inadimpl�ncia.
Segundo o presidente da CNC, Jos� Roberto Tadros, o or�amento das fam�lias, de certo modo, estava sendo preservado. Por�m, a crise durante a pandemia, desemprego, infla��o alta e outros fatores levaram a uma piora.
“Houve uma piora no or�amento das fam�lias em maio, com a alta da inadimpl�ncia, mas esse era um movimento esperado. A renda se mant�m baixa, com fragilidades no mercado de trabalho, incluindo um menor impacto de benef�cios assistenciais, caso do aux�lio emergencial reduzido”, disse.
Por outro lado, o endividamento de acordo com grupos de renda apresentou dados semelhantes em maio. Para as fam�lias que ganham at� 10 sal�rios m�nimos, as d�vidas saltaram de 68,6% para 69% do total. J� para as fam�lias com renda acima de 10 sal�rios m�nimos, a propor��o do endividamento foi de 63,1% para 64,2%, contra 61,3% em maio de 2020.
No entanto, a inadimpl�ncia seguiu tend�ncias um pouco diferentes. A taxa das fam�lias com renda at� 10 sal�rios m�nimos que possuem contas ou d�vidas em atraso aumentou de 26,9% para 27,1%. No grupo com renda superior a 10 sal�rios m�nimos, o percentual caiu de 12,3% em abril para 11,9% em maio - o segundo maior percentual para meses de maio, atr�s apenas de 2016 (12,9%).
J� a propor��o das fam�lias que se declararam muito endividadas atingiu 14,6%, maior percentual desde agosto de 2020. A economista da CNC Izis Ferreira, respons�vel pela pesquisa, afirma que o endividamento pode continuar crescendo.
“O cr�dito pode funcionar para ajudar a recompor a renda, mas a mudan�a de trajet�ria na pol�tica monet�ria, com aumento de juros, dever� fazer com que as fam�lias adotem mais rigor em rela��o aos seus gastos. Cabe destacar, por�m, que mesmo diante das adversidades, na compara��o interanual os indicadores de inadimpl�ncia est�o em patamares mais baixos”, pontua.
D�vida no cart�o mant�m recorde
A parcela de fam�lias que t�m o cart�o de cr�dito como principal modalidade de uso manteve-se em 80,9%. Esse n�mero aumentou entre as fam�lias de menor renda, mas diminuiu entre as de maior renda. J� os financiamentos de casa e carro ganharam espa�o no endividamento, em fun��o dos juros baixos.
* Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz.