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Estado de Minas ECONOMIA

Febre na China, 'live commerce' vira moda no Pa�s


07/06/2021 08:05

No mundo da moda, o "live commerce", venda de produtos em que as pessoas podem tirar d�vidas e fazer a compra online na mesma hora, n�o � novidade. Mas, com a pandemia de covid-19, essa esp�cie de "reality show" do mundo das compras espalhou seus tent�culos para mercados correlatos e tamb�m para alguns bem diferentes. Hoje, o live commerce j� faz sucesso em cosm�ticos, decora��o e at� autom�veis.
O modelo foi importado da China, ber�o do live commerce, onde ele movimentou cerca de US$ 200 bilh�es em 2020. A estimativa da Research and Markets � de que a ind�stria global do "e-commerce social" vai faturar US$ 600 bilh�es at� 2027.

A plataforma Mimo surgiu em meio ao isolamento social. A ideia, segundo a presidente Monique Lima, amadureceu quando ela percebeu os desafios da irm�, dona de uma loja de sapatos. "Sem fazer qualquer m�dia tivemos 300 pessoas na primeira live e 600 na segunda, com grande engajamento", diz a ex-publicit�ria que fundou a empresa com Etienne Du Jardin. Com amigos, conseguiram uma rodada de investimento. Entre os apoiadores est� tamb�m o publicit�rio Nizan Guanaes.

Em poucos meses a plataforma atraiu marcas como Ri Happy e Dolce & Gabbana. No momento, negocia uma live para uma marca de carros. "Entendemos que � poss�vel vender tudo por live", diz Monique. Segundo ela, o consumidor passou a valorizar a entrega do produto em casa. Ao mesmo tempo, quer a rela��o pessoal, e a live equaciona essa conta.
A marca francesa Givenchy � outra que se rendeu ao "shopstreaming" no Brasil. A primeira empreitada de venda digital foi no in�cio do ano, quando aproveitou um lan�amento e fez um "reality" com um maquiador para demonstrar os produtos.

A ideia, segundo a diretora da Givenchy no Brasil, Marjorie Pilli, foi trazer produtos de cuidados para a pele e maquiagem, algo mais vis�vel para ser acompanhado pelo v�deo, mas a live terminou com a exibi��o do perfume carro-chefe da marca. "Foi a forma que encontramos para encantar o consumidor." A iniciativa, feita ao lado do e-commerce �poca Cosm�ticos, do Magazine Luiza, levou a marca a pensar em ter um e-commerce no Pa�s.

J� a Dermage, de dermocosm�ticos, fez a pr�-venda de um de seus lan�amentos em live em maio e concedeu benef�cios aos clientes, como frete gr�tis. A empresa escalou especialistas em cuidados com a pele e uma influenciadora - em uma hora teve 3 mil acessos. O faturamento do online, segundo a coordenadora de marketing J�ssica Lopes, dobrou naquele dia. "Vemos isso como oportunidade para lan�amentos e para datas importantes de venda."

A estilista Martha Medeiros conta que se sentiu "dentro da casa da cliente, interagindo com ela." Segundo Martha, o retorno foi melhor que o esperado, principalmente com a venda de itens de casa como copos e jogos americanos. O pr�ximo passo ser� a realiza��o de uma live diretamente com rendeiras - tirando assim o intermedi�rio, em uma a��o conjunta com comunidades e associa��es.

O fundador da consultoria Varese Retail, Alberto Serrentino, afirma que em todo o mundo o fen�meno explodiu na pandemia, com o novo jeito de se fazer compras criado pelo gigante Alibaba. "Foram eles que desenvolveram esse jeito de integrar conte�do, m�dia, entretenimento e compra." Ele explica que a diferen�a dos canais de home shopping, como o Shoptime, "� a interatividade e a forma em que a din�mica do evento sofre interfer�ncias do consumidor".

O Grupo Soma, dono de marcas como Animale e Farm, lan�ou seu live commerce h� um ano, quando suas lojas estavam fechadas. Desde ent�o j� fez cerca de 50 lives. O grupo conseguiu deixar de lado o QR-Code, tradicional nesse tipo de venda, para que a cliente possa arrastar os produtos vistos na live para o carrinho e concluir a compra.

O diretor de tecnologia do Soma, Alisson Calgaroto, diz que a modalidade re�ne uma s�rie de complexidades que devem ser equalizadas para que o produto seja satisfat�rio. Tamb�m alia �reas fora do e-commerce em si, como comunica��o e marketing: afinal, ficar horas ao vivo exige bom roteiro para evitar que o cliente fique entediado e desista de assistir e de comprar.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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