Em meio � segunda onda da pandemia do novo coronav�rus, os brasileiros depositaram R$ 72,636 milh�es l�quidos na poupan�a em maio, informou nesta segunda-feira, 7, o Banco Central. Este foi o segundo m�s de capta��o positiva para a poupan�a ap�s tr�s meses de saques l�quidos. O resultado ocorre na esteira da volta do pagamento do aux�lio emergencial para uma parcela da popula��o.
Em maio, os aportes na poupan�a somaram R$ 281,236 bilh�es, enquanto os saques foram de R$ 281,164 bilh�es. Este movimento gerou o dep�sito l�quido total de R$ 72,636 milh�es no m�s. Considerando o rendimento de R$ 1,992 bilh�o da caderneta em maio, o saldo total das contas chegou a R$ 1,021 trilh�o.
Maio foi o segundo m�s de 2021 em que houve mais dep�sitos do que saques na poupan�a. Nos meses de janeiro, fevereiro e mar�o, os brasileiros haviam retirado recursos da caderneta.
No acumulado de janeiro a maio, a popula��o j� retirou R$ 23,628 bilh�es l�quidos da caderneta. Em 2020, em meio � pandemia do novo coronav�rus, a poupan�a havia registrado dez meses consecutivos de dep�sitos l�quidos (de mar�o a dezembro).
No ano passado, a caderneta havia sido favorecida pelo pagamento de aux�lios � popula��o. Al�m disso, ela foi impulsionada em 2020 pela maior cautela das fam�lias brasileiras. Preocupadas com a renda futura e com medo do desemprego, muitas delas reduziram gastos e passaram a aplicar recursos na caderneta, o que elevou o saldo. Este movimento foi o que o pr�prio BC chamou de "poupan�a precaucional".
Em contrapartida, as fam�lias passaram a enfrentar, no in�cio de 2021, as tradicionais despesas de in�cio de ano (IPTU, IPVA, matr�culas de filhos em escolas particulares e gastos com material escolar), al�m de um ambiente ainda negativo para a economia. Nos primeiros meses do ano, o governo n�o pagou o aux�lio emergencial, o que tamb�m impactou os saldos.
Estes fatores favoreceram os saques na poupan�a em janeiro, fevereiro e mar�o, com muitos brasileiros precisando de recursos para fechar as contas.
Em abril e maio, por�m, o resultado positivo foi influenciado pela volta do pagamento do aux�lio emergencial para uma parcela da popula��o. Os dep�sitos come�aram a ser feitos em 6 de abril.
A poupan�a � remunerada atualmente pela taxa referencial (TR), que est� em zero, mais 70% da Selic (a taxa b�sica de juros), hoje em 3,50% ao ano. Na pr�tica, a remunera��o atual da poupan�a � de 2,45% ao ano. O porcentual n�o cobre necessariamente a infla��o.
Esta regra de remunera��o da poupan�a vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupan�a � atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao m�s (6,17% ao ano).
ECONOMIA