Donos de floriculturas afirmam que o mercado cresceu com a pandemia e aguardam boas vendas para o 12 de junho (foto: Flor e Ana/Divulga��o)
O Dia dos Namorados encerra o calend�rio de datas comemorativas do primeiro semestre. O impacto comercial � demarcado pela emo��o, e alguns setores, como as floriculturas, se destacam nas vendas espec�ficas para os apaixonados. Os comerciantes est�o esperan�osos com o resultado, apesar de acreditarem que grande parte do faturamento ser� de ‘�ltima hora’.
A pandemia de COVID-19 n�o gerou grandes preju�zos para algumas floriculturas, como no ateli� Flor e Ana. A propriet�ria Carolina Braga se disse surpresa com as vendas: “Na verdade, foi uma grande surpresa. Tivemos aumento nos pedidos, acredito que isso se deve ao trabalho em casa. As pessoas querem estar com ambientemais colorido e harm�nico”.
A loja foi inaugurada durante a pandemia, mas j� lucrou com o Dia das M�es, chegando ao ponto de ter de recusar pedidos pela quantidade de produtos que j� havia se programado para vender.
“No Dia das M�es, planejamos atender 200 pedidos e acabamos recebendo mais de 300. Precisamos at� recusar alguns”, disse Carolina Braga.
Dona de floricultura, Carolina Braga acredita que vai vender mais arranjos no Dia dos Namorados (foto: Arquivo pessoal)
“J� para o Dia dos Namorados, aumentamos em 50% a quantidade de pedidos, agora estamos esperando cerca de 400. Tamb�m contratei mais pessoas para equipe e estamos dando 5% de desconto nos arranjos que s�o comprados com anteced�ncia”, explica a dona do ateli�.
Segundo Carolina, a maioria das compras s�o feitas cerca de dois dias antes da comemora��o, o que dificulta alguns processos de produ��o e para incentivar os pedidos com anteced�ncia, resolveram dar descontos aos clientes.
Pedido mais vendido na loja Flor e Ana (foto: Flor e Ana/Divulga��o)
Ela acredita que vai lucrar 50% a mais que o Dia das M�es, sendo que o arranjo mais vendido custa R$ 349.
As compras de '�ltima hora' s�o comuns no ramo. A s�cia do 82 Atelier Bot�nico Patr�cia Wanner compartilha dessa expectativa e j� se preparou para vender muito mais entre os dias 10 e 12.
“Fizemos um pedido no distribuidor com bastante de medo das quantidades, porque todos compram em cima da hora e achamos que nunca vai dar para vender tudo. Mas, dois dias antes da data, os pedidos aumentam muito”, explicou.
A pandemia tamb�m teve efeito positivo nas vendas de sua loja, que est� no mercado h� quatro anos. “Foi uma grata surpresa para o neg�cio. Depois que chegamos ao volume de vendas que quer�amos, pensamos o que seria quando tudo acabasse. Ent�o, fizemos consultorias para saber administrar o crescimento, para que a gente continuasse de forma saud�vel”, disse Patr�cia.
Com mais um Dia dos Namorados pela frente, ela acredita que as vendas v�o se concentrar em um dos kits de R$ 225, que � composto por arranjo de flores, chocolates e uma vela arom�tica.
“Vendemos sempre o meio da tabela: 20% das pessoas v�o no mais caro, 35% nos pedidos mais baratos e 45% a 50% v�o ter um ticket m�dio de R$ 200 a R$ 250. Neste ano esperamos vender 30% a mais, chegando a 200 arranjos entre quinta-feira e s�bado, m�dia de 70 por dia”, explicou a s�cia.
Data mais lucrativa
Enquanto Patr�cia vai para o quarto ano de vendas nesta data, os s�cios Bruna Barros e Lucas M�ximo, da Flora de Verdade, est�o encarando o primeiro Dia dos Namorados na floricultura.
Eles esperam vender menos que o Dia das M�es, por�m o valor m�dio de consumo � maior.
“A forma de consumo dos namorados � diferente dos filhos. No Dia das M�es compram mais de um presente, agora consomem com ticket m�dio mais alto. Em termos de quantidade, acreditamos que vamos atender menos pessoas, cerca de metade das m�es. Mas sobre os valores, achamos que seja maior”, disse Bruna.
Kit de Dia dos Namorados (foto: Flora de Verdade)
A flora aguarda cerca de 50 pedidos nesta semana, cada um em torno de R$ 200, que s�o buqu�s com outros itens de presente, como rosquinhas e mandalas.
Eles alertam para a alta de valores nas flores, que tamb�m pode influenciar na quantidade de vendas. Por isso, acreditam que esta data ser� mais voltada para captar clientes e ficarem por dentro do mercado do que faturar.
“O neg�cio tomou uma propor��o maior do que imagin�vamos inicialmente. O que temos nestes dias comemorativos � um aumento da mat�ria-prima, por isso a data � mais para fazer clientela do que faturar”, finalizou Lucas.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina