
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo pretende prorrogar o aux�lio emergencial por mais dois ou tr�s meses, para garantir o benef�cio, pelo menos at� setembro, quando a expectativa dele � que a popula��o adulta esteja vacinada. Em cada m�s adicional do benef�cio custar� R$ 9 bilh�es, segundo ele.
“O presidente Jair Bolsonaro � quem vai decidir o prazo. Primeiro, esses dois ou tr�s meses, devemos aterrissar em um novo programa social que vai substituir o Bolsa Fam�lia”, afirmou Guedes, nesta ter�a-feira (8/6), durante confer�ncia virtual do Bradesco BBI em Londres para investidores internacionais. “Renovando agora para os pr�ximos dois meses, h� uma clara no��o clara de, at� o fim de setembro, toda a popula��o adulta estar� imunizada”, acrescentou ele, demonstrando otimismo com o avan�o da vacina��o em massa e das reformas.
O ministro contou que o governo precisar� de uma nova autoriza��o do Congresso para emiss�o de cr�ditos extraordin�rios para financiar o programa, mas n�o em sua totalidade, porque existem R$ 7 bilh�es do programa anterior que n�o foi utilizado.
Com isso, se forem mais dois meses, o cr�dito adicional para despesas com a sa�de que n�o est�o sujeitos ao teto de gastos – emenda constitucional que limita o aumento de despesas � infla��o do ano anterior – ser� de R$ 11 bilh�es, em vez de R$ 18 bilh�es, por exemplo.
Com isso, se forem mais dois meses, o cr�dito adicional para despesas com a sa�de que n�o est�o sujeitos ao teto de gastos – emenda constitucional que limita o aumento de despesas � infla��o do ano anterior – ser� de R$ 11 bilh�es, em vez de R$ 18 bilh�es, por exemplo.
A nova rodada do aux�lio emergencial come�ou a ser paga em abril por quatro meses. A previs�o do governo � desembolsar R$ 44 bilh�es com o benef�cio, que tem um valor m�dio de R$ 250. No ano passado, o governo gastou R$ 293,1 bilh�es com o benef�cio dos R$ 322 bilh�es previstos.
Guedes n�o deu detalhes do novo programa social que ser� implementado ap�s o fim do novo prazo do aux�lio, mas assegurou que o ele ser� “conservador” e “dentro do teto de gastos”. "Esse programa vai ser um Bolsa Fam�lia com mais pessoas e com um benef�cio maior”, afirmou o ministro, referindo-se ao valor m�dio de R$ 191 atuais do programa que tem mais de 14 milh�es de fam�lias cadastradas.
O ministro refor�ou, ainda, que o governo estuda a cria��o de um fundo para erradica��o da pobreza, custeado com os recursos vindos das privatiza��es. “Estamos estudando um programa diferente, um fundo para erradicar a pobreza com a venda de estatais. Vamos mandar os recursos para os pobres”, disse.
Segundo ele, essa proposta vai derrubar as cr�ticas da oposi��o de que o governo est� vendendo as riquezas do pa�s com privatiza��es. “Vamos responder que n�o est�vamos roubando, mas dando para a popula��o com o fundo para erradicar a pobreza. Ainda estamos estudando a cria��o desse fundo”, acrescentou o ministro, criticando o fato de o governo gastar R$ 20 bilh�es por ano com estatais dependentes que n�o d�o lucro e que, a cada sete anos, “custam praticamente uma Petrobras” para os cofres p�blicos.
Paulo Guedes disse que a expectativa dele � de que, at� a semana que vem, o Senado Federal aprove a Medida Provis�ria 1031/2021, que trata da privatiza��o da Eletrobras.
Contudo, a mat�ria, aprovada pela C�mara no m�s passado, encontra resist�ncia entre os senadores, porque tem jabutis (emendas n�o relacionadas ao tema principal da proposta) que devem aumentar o custo da energia para empresas e para o consumidor. Um deles, por exemplo, cria subs�dios para termel�tricas a g�s e obriga a contrata��o de usinas em regi�es.
"Estamos bastante otimistas de que o Senado dever� aprovar a medida at� a pr�xima semana. E isso ser� um importante sinal de que Brasil est� no trilho correto". acrescentou Guedes, referindo-se � privatiza��o da Eletrobras como a mais importante da agenda de desestatiza��o deste ano, que inclui tamb�m os Correios.
Guedes fez quest�o de afirmar que as perspectivas para economia brasileira s�o favor�veis e afirmou que acredita que as reformas tribut�ria e administrativa devem avan�ar "nos pr�ximos tr�s a quatro meses". No caso da administrativa, deu uma nova previs�o de economia em 10 anos, de R$ 200 bilh�es, considerando que, devido � digitaliza��o dos servi�os, a cada 100 servidores que se aposentam, a contrata��o ser� 25% menor a cada ano.
De acordo com o ministro, o governo “est� muito feliz” com as revis�es de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. “Como sabem,todos est�o revendo as previs�es de crescimento do Brasil. A percep��o inicial, de alta de 3% (no PIB), no come�o do ano, est� subindo e est�, atualmente, entre 4% e 5%. Estamos certamente mais felizes com as previs�es que est�o vindo”, afirmou. Ele contou evita ficar muito entusiasmado com essas revis�es e que prefere ser "mais conservador" do que o mercado.
Nesse sentido, destacou que, no ano passado, o mercado tinha previs�es mais pessimistas no meio da pandemia. Algumas delas chegaram a 10% de queda, mas acabaram sendo revisadas quando os resultados apareceram.
Ao final, o PIB brasileiro acabou encolhendo 4,1%, menos do que muitos pa�ses desenvolvidos. E, por conta disso, ele voltou a afirmar que o Brasil vai continuar surpreendendo o mundo. “N�s acreditamos que, de novo, a democracia brasileira vai surpreender os mais cr�ticos”, afirmou o chefe da equipe econ�mica.
Ao final, o PIB brasileiro acabou encolhendo 4,1%, menos do que muitos pa�ses desenvolvidos. E, por conta disso, ele voltou a afirmar que o Brasil vai continuar surpreendendo o mundo. “N�s acreditamos que, de novo, a democracia brasileira vai surpreender os mais cr�ticos”, afirmou o chefe da equipe econ�mica.
"A economia est� reagindo muito bem", assegurou o ministro. Ele lembrou que, nos primeiros quatro meses do ano, foram criadas quase 1 milh�o de vagas no mercado formal de trabalho, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mas n�o citou o dado recorde de 14,7% na taxa de desemprego.
Ao comentar sobre a agenda internacional, Guedes disse que o governo n�o abandonou a estrat�gia para ser membro da Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), o chamado clube dos pa�ses ricos. Ele tamb�m disse que o pa�s est� em conversa��o com os parceiros do Mercosul para redu��o unilateral de tarifas de importa��o, mas n�o poupou cr�tica ao bloco.
"O com�rcio internacional do Brasil com o mundo hoje � menor do que que h� 20 anos. � uma armadilha que impede o pa�s de se integrar prende o pa�s se engajar e se integrar nas cadeias produtivas globais", afirmou.
Apesar do aumento do desmatamento no pa�s, Guedes tentou minimizar os problemas ambientais. Ele afirmou que a matriz energ�tica brasileira "� uma das mais limpas do mundo". "Sabemos que o futuro � verde e digital", disse, sem detalhar uma agenda sustent�vel do atual governo.