
Como na m�dia nacional, a infla��o oficial medida na Grande Belo Horizonte pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) mostrou aumentos das despesas com todos os nove grupos de produtos e servi�os acompanhados pelo IBGE. O IPCA subiu mais na Regi�o Metropolitana de BH, frente � m�dia nacional, tanto nos primeiros quatro meses do ano, com alta de 3,44%, quanto no per�odo acumulado dos �ltimos 12 meses, em que o custo de vida avan�ou 8,68%. O ranking dos 20 produtos e servi�os que mais encareceram em maio na capital mineira e entorno foi liderado pelo etanol, com varia��o de 10,80%, seguido de produtos para a pele, cujos pre�os subiram 6,41%.
Na terceira posi��o ficou a batata-inglesa, com eleva��o de pre�os de 5,67%, tamb�m na m�dia. Os dados do IBGE indicaram que os alimentos e bebidas n�o t�m dado tr�gua ao consumidor. Al�m da batata, item t�pico do prato feito, os gastos com comida foram influenciados principalmente pelos reajustes aplicados aos pre�os das carnes (2,26%), do lanche (2,85%) e da refei��o (0,51%). A press�o s� n�o foi maior porque as quedas dos pre�os das frutas (-10,96%), tomate (-8,27%), hortali�as e verduras (-8,85%) contrabalan�aram as altas de maio.
O IPCA surpreendeu analistas da economia, a exemplo de �tore Sanchez, economista-chefe da corretora Ativa Investimentos. “Nossa surpresa foi extremamente concentrada em combust�veis (gasolina e etanol). Vale pontuar tamb�m a surpresa altista com alimenta��o fora do domic�lio”, afirma. Varia��es inesperadas no IPCA t�m sido sistem�ticas, na avalia��o de Sanchez e devem levar a uma revis�o das proje��es para o aumento do custo de vida neste ano.
Com o resultado do indicador na m�dia nacional de maio, o custo de vida permanece bem acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central para 2021 que � de no m�ximo 5,25%. O centro da meta � de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
O indicador oficial de infla��o do m�s passado mostrou, ainda, que o movimento de eleva��o dos pre�os n�o retrata o que os economistas chamam de press�o de demanda, ou seja, uma influ�ncia do consumo sobre o custo mais elevado dos produtos. Foi o que observou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de �ndices de Pre�os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O pesquisador destacou que embora haja um cen�rio de recupera��o da economia, o pa�s enfrenta desemprego elevado e a renda achatada.
“N�o d� para falar em infla��o de demanda n�o. Ainda temos um contexto de desemprego alto e renda comprimida”, ressaltou Kislanov. Em rela��o ao grupo de despesas com transporte, o pesquisador deu �nfase ao aumento de pre�os do transporte por aplicativo. (MV)