Em meio � press�o inflacion�ria mais recente no Brasil, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 16, elevar a Selic (a taxa b�sica da economia) em 0,75 ponto porcentual, de 3,50% para 4,25% ao ano. Este foi o terceiro aumento consecutivo dos juros, na esteira da alta recente da infla��o.
Com a decis�o de hoje, a Selic retorna ao patamar verificado em fevereiro de 2020 - antes da pandemia de covid-19. Com a pandemia, o BC fez um primeiro movimento no sentido de acelerar os cortes da taxa, que se manteve no m�nimo hist�rico de 2% ao ano de agosto do ano passado a mar�o deste ano. Em um segundo movimento, iniciado em mar�o, o BC recome�ou a elevar a Selic, numa tentativa de controlar a infla��o.
O aumento do juro b�sico da economia reflete em taxas banc�rias mais elevadas, embora haja uma defasagem entre a decis�o do BC e o encarecimento do cr�dito (entre seis meses e nove meses). A eleva��o da taxa de juros tamb�m influencia negativamente o consumo da popula��o e os investimentos produtivos.
A decis�o de hoje era largamente aguardada pelo mercado financeiro. De um total de 54 institui��es consultadas pelo Proje��es Broadcast, 53 esperavam pelo aumento da Selic em 0,75 ponto, para 4,25% ao ano. Apenas uma casa - a Sicredi Asset - aguardava pela eleva��o de 1,00 ponto porcentual, com a Selic chegando a 4,50%. Para o fim de 2021, as institui��es projetam desde uma Selic em 5% at� um aumento dos juros a 7% ao ano.
O Copom fixa a taxa b�sica de juros com base no sistema de metas de infla��o. Neste ano, a meta central � de 3,75%, mas o IPCA pode ficar entre 2,25% a 5,25% sem que a meta seja formalmente descumprida. Para 2022, a meta central � de 3,5% e ser� oficialmente cumprida se o �ndice oscilar de 2% a 5%.
Em maio, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) - a infla��o oficial do pa�s - ficou em 0,83% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Foi o maior resultado para um m�s de maio desde 1996 (1,22%).
Juros reais
Com os tr�s �ltimos aumentos da Selic, o Brasil voltou a registrar uma das maiores taxas de juros reais (descontada a infla��o) do mundo. C�lculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que o juro real brasileiro est� agora em +1,92% ao ano. O Pa�s possui o segundo juro real mais alto do mundo, considerando as 40 economias mais relevantes. Atualmente, o Pa�s s� registra uma taxa real inferior � da Turquia (+6,44%).
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