A C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o (CBIC) pretende formalizar nos pr�ximos dias, junto ao governo federal, o pleito para redu��o do imposto de importa��o do a�o. Segundo o presidente da entidade, Jos� Carlos Martins, a proposta est� em fase de prepara��o, com reuni�o de informa��es t�cnicas que embasem a peti��o.
Diante da disparada no pre�o do insumo ao longo dos �ltimos meses, a CBIC defende o corte da tarifa de importa��o da mat�ria-prima de 12% para 1% pelo per�odo de 6 a 12 meses.
A proposta foi apresentada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em reuni�o na �ltima semana. Na ocasi�o, o ministro n�o manifestou endosso nem negativa. Para isso, o documento precisa ser formalmente enviado para a pasta iniciar uma avalia��o t�cnica.
A C�mara de Com�rcio Exterior (Camex) do Minist�rio da Economia informou � reportagem que tamb�m j� pediu uma formaliza��o desse pedido aos representantes da ind�stria da constru��o ap�s diversas declara��es dos empres�rios � imprensa levantando essa quest�o.
O cerne das preocupa��es das construtoras � a disparada do pre�o do a�o. No ano passado, boa parte dessa alta foi atribu�da � desorganiza��o da cadeia produtiva e ao salto da cota��o do d�lar e das commodities por conta da chegada da pandemia. Em 2020, havia expectativa de que essa situa��o se normalizaria at� o come�o de 2021, o que n�o ocorreu.
O �ndice Nacional de Custos da Constru��o (INCC) acumulado em 12 meses at� maio, apurado pela Funda��o Getulio Vargas (FGV), cresceu 14,62%. Esse avan�o foi puxado pelo subgrupo de materiais e equipamentos, com expans�o de 32,50%. Neste subgrupo, a principal alta foi de itens met�licos, chegando a 77,8%.
Com o pedido de redu��o tempor�ria do imposto de importa��o do a�o, a ideia das construtoras � provocar um choque de oferta por meio de est�mulos � entrada do insumo importado no mercado brasileiro, ajudando a ampliar a oferta e reduzir pre�os e prazos de entrega.
Obviamente, essa proposta enfrenta o lobby contr�rio de representantes das sider�rgicas. Em vez de um corte no imposto para importa��o - fato que aumentaria a competi��o com os produtores locais - o Instituto A�o Brasil defendeu junto ao governo federal que o correto seria uma abertura econ�mica de forma gradual, corrigindo assimetrias entre agentes nacionais e estrangeiros.
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