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Estado de Minas ECONOMIA

BC diz que usar� todos os instrumentos para atingir meta de infla��o em 2022


24/06/2021 14:08

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou nesta quinta-feira que a institui��o usar� "todos os instrumentos" para atingir a meta de infla��o em 2022. Divulgado nesta quinta pela manh�, o Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI) do BC trouxe proje��o de 5,8% para a infla��o este ano e de 3,5% para o pr�ximo. Se estes porcentuais se confirmarem, o BC ter� descumprido a meta de 2021, mas cumprido a de 2022.

Durante a entrevista coletiva, Campos Neto foi questionado sobre os efeitos da alta da Selic (a taxa b�sica de juros) sobre o custo da d�vida p�blica. Ele lembrou que o aumento de juros "com credibilidade" leva a uma alta da parte curta do custo da d�vida, mas permite a estabiliza��o na parte longa.

Presente � coletiva, o diretor de Pol�tica Econ�mica, Fabio Kanczuk, pontuou que o custo fiscal da rolagem da d�vida p�blica n�o � um crit�rio de pol�tica monet�ria, mas sim a infla��o.

Campos Neto afirmou ainda, durante a coletiva, que existe um grande debate hoje entre os bancos centrais sobre se os choques de pre�os mais recentes ser�o tempor�rios ou n�o. "Entendemos que alguns componentes dos choques s�o tempor�rios", afirmou.

Neste aspecto, Campos Neto disse que o BC adotou uma "comunica��o forte" de pol�tica monet�ria a partir de mar�o, quando iniciou o ciclo de alta da Selic, por entender que pode haver contamina��o da infla��o acumulada para o ano de 2022. "Olhamos como a infla��o corrente contamina a infla��o futura", disse.

Comunica��o da decis�o de ajuste do Copom

O presidente do Banco Central negou nesta quinta que o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) tenha elevado a Selic (a taxa b�sica de juros) em 0,75 ponto porcentual na semana passada somente por n�o ter comunicado previamente a possibilidade de um aumento maior. Durante coletiva de imprensa sobre o Relat�rio Trimestral de Infla��o, ele foi questionado se, por ter avaliado uma alta "mais tempestiva" da Selic j� na semana passada, o Copom j� teria uma tend�ncia de acelerar o aumento de juros em agosto. Parte do mercado financeiro tem projetado alta de 1,00 ponto porcentual da Selic na reuni�o de agosto.

Em resposta, Campos Neto citou os elementos que levaram o BC a aumentar a Selic em apenas 0,75 ponto na semana passada, apesar de ter discutido uma eleva��o maior. "Como explicitado, um elemento foi a ancoragem. E na ancoragem, olhamos tanto a parte de modelagem, quanto a parte de infla��o impl�cita e a parte de expectativa dos analistas", afirmou. "Discutimos bastante a parte da infla��o impl�cita, (sobre) o que era t�cnico."

O presidente do BC afirmou ainda que os membros do Copom discutiram "bastante a parte da transi��o de consumo de mais bens para servi�os" e como isso iria impactar a infla��o no Brasil. "Discutimos muito tamb�m a expectativa de pre�os na fun��o rea��o", acrescentou.

Em meio aos debates, conforme Campos Neto, o colegiado entendeu que era melhor fazer, neste momento, um ajuste de 0,75 ponto porcentual da Selic. "Eu s� queria enfatizar que li alguns coment�rios de que grande parte da decis�o teria sido tomada por n�o ter comunicado", pontuou Campos Neto. "Queria enfatizar que isso n�o � verdade. A gente poderia ter comunicado. Tivemos muitas oportunidades para comunicar, mas esperamos porque achamos que esse debate sobre estes fatores era bastante enriquecedor e nos daria um horizonte de atua��o mais eficiente."

Fluxo estrangeiro e c�mbio

O presidente do Banco Central disse ainda que as previs�es de crescimento e maior estabilidade fiscal no Brasil t�m atra�do fluxos maiores de recursos estrangeiros, o que impacta no c�mbio. "Fluxo de investimento no mundo procura crescimento e estabilidade fiscal, o que � positivo no Brasil. A valoriza��o recente do c�mbio � por um conjunto de fatores. O c�mbio pode ter tido impacto positivo de not�cias sobre reforma", acrescentou.

Campos Neto ressaltou que n�o cabe ao BC avaliar qual a trajet�ria futura do c�mbio. "Para BC, c�mbio � flutuante, n�o fazemos proje��o de c�mbio", completou.

Ele tamb�m disse que o mais relevante sobre o ajuste de juros nos Estados Unidos ser� a interpreta��o de como esse ajuste est� ocorrendo e como ser� feito, se haver�, por exemplo, a percep��o de que a autoridade monet�ria est� "atr�s da curva".

Campos Neto acrescentou ainda que o BC n�o pode especular sobre cen�rios de energia, mesmo porque eles dependem de fatores naturais.

Funcionalismo

O presidente do Banco Central confirmou tamb�m que as proje��es econ�micas da autarquia para 2022 j� levam em conta poss�vel aumento salarial para o funcionalismo p�blico.

Como informou o Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro encomendou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, um reajuste no sal�rio dos servidores em 2022 - ano eleitoral. O aumento seria de 5%, com custo estimado de R$ 15 bilh�es.

"Temos em nossas proje��es c�lculos com aumento do funcionalismo", disse Campos Neto, sem detalhar qual � o porcentual considerado pelo BC e o impacto fiscal estimado. "Hoje em nossas proje��es incorporamos, sim, um aumento para o funcionalismo em 2022."

Durante coletiva de imprensa sobre o Relat�rio Trimestral de Infla��o, Campos Neto tamb�m foi questionado sobre o impacto fiscal de uma extens�o do aux�lio emergencial na pandemia. Em resposta, ele afirmou que n�o cabe ao BC avaliar o espa�o no teto de gastos para medidas como esta. "Se houver espa�o no teto e o governo entender que h� espa�o suficiente (para mais gastos)...", disse Campos Neto, ao tratar da quest�o.


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