o ser perguntado na Comiss�o Tempor�ria de Acompanhamento da Pandemia no Senado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, recorreu � declara��o de seu colega ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de que n�o haver� racionamento de energia el�trica no Pa�s para responder sobre qual seria o impacto do racionamento sobre a economia.
"O ministro Bento Albuquerque garante que n�o haver� racionamento de energia", disse Guedes nesta sexta-feira na audi�ncia. Ele n�o deixou de reconhecer, entretanto, que o aumento da tarifa de energia resultar� em press�o inflacion�ria, o que torna o desafio muito s�rio.
Nos Estados Unidos, por exemplo, de acordo com o ministro, o peso da energia e alimentos sobre a infla��o teria sido expurgado do �ndice pleno de infla��o. "Nos Estados Unidos retiraram energia e comida de n�cleos da infla��o", disse Guedes. "Esperamos que no ano que vem tenha normalizado a quest�o h�drica", disse Guedes
Cria��o de empregos
Paulo Guedes disse que deve anunciar na pr�xima segunda-feira, 28, um "novo bom n�mero" de cria��o de empregos. Nesse dia, o Minist�rio da Economia dever� divulgar o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativo ao m�s de maio.
Guedes ressaltou ainda os sinais de recupera��o econ�mica e afirmou que todos os Estados tiveram aumento de arrecada��o. Ele voltou a dizer que o aux�lio emergencial ser� pago por mais tr�s meses, at� outubro, quando h� expectativa de que a popula��o adulta esteja vacinada com a primeira dose da vacina contra o coronav�rus.
"Est� uma disputa saud�vel de quem vacina mais, Rio de Janeiro de um lado, S�o Paulo e Rio Grande do Sul de outro. � uma corrida saud�vel. As vacinas est�o chegando e estamos com perspectiva de controle da pandemia", completou.
Apesar de os brasileiros terem ficado sem o aux�lio emergencial no in�cio do ano, mesmo com o agravamento da pandemia, o ministro disse que quem "dirige" o aux�lio emergencial � a pandemia. "Se a pandemia estivesse fora de controle em outubro, renovar�amos aux�lio, mas n�o � a expectativa", afirmou.
De acordo com dados apresentados pelo ministro, o impacto prim�rio de medidas contra a covid-19 adotadas em 2021 chega a R$ 42,4 bilh�es at� agora.
Rendimentos sobre capital
Paulo Guedes disse durante a audi�ncia que o sistema tribut�rio � bastante perverso, privilegia grandes corpora��es, por meio de desonera��es, e recai sobre a popula��o indefesa, que n�o tem poder de lobby.
O ministro fez a cr�tica ao ser perguntado por um senador sobre como ficar� a tributa��o da bolsa dentro da discuss�o sobre a o capital. "Tributar rendimentos sobre capital � uma necessidade", disse Guedes.
D�vida
O ministro da Economia afirmou, ainda, que investidores tiveram receio de um "colapso fiscal", o que levou a um aumento nas emiss�es de t�tulos p�blicos e encurtamento do prazo da d�vida.
"O prazo m�dio da d�vida est� subindo e as emiss�es descendo de novo. At� o fim do ano, por�m, devemos voltar o prazo da d�vida para como era antes. Normalizamos essa sensa��o de receio de colapso fiscal", afirmou o ministro, na audi�ncia do Senado. "Estamos emitindo muita d�vida e � d�vida curta, come�a a ter um problema fiscal. A taxa de juros come�ou a subir de novo, porque estamos emitindo muita d�vida".
Segundo Guedes, as proje��es do governo voltam a mostrar uma queda na rela��o d�vida/PIB. "Fomos golpeados, mas estamos recuperando o controle da situa��o de novo", completou.
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