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Estado de Minas ECONOMIA

Escola fechada prejudica busca por emprego


27/06/2021 17:02

A retomada econ�mica para as mulheres pode ser mais desafiadora do que para os homens, avalia a economista Regina Madalozzo, pesquisadora do Insper e uma das autoras do estudo que analisa o impacto da pandemia de covid-19 sobre as trabalhadoras.

As entrevistas com as moradoras de tr�s comunidades foram conduzidas entre outubro e dezembro de 2020, quando j� se achava que havia retomada parcial das atividades, antes da segunda onda de casos no Pa�s.

"A dificuldade que elas tinham era n�o necessariamente s� de vaga de trabalho, como diarista, empregada dom�stica. Elas at� tinham o sentimento de retomada. Mas qual era o problema? Se elas tinham crian�a pequena em casa, n�o tinham com quem deixar para ir trabalhar. Elas precisavam da escola, que at� hoje n�o retomou", diz.

Para a economista, o retorno das mulheres ao mercado ser� ainda mais atrasado justamente por causa da escola. Ela esclarece que n�o se trata de reabrir as institui��es de ensino independentemente da situa��o do v�rus, mas sim de compreender as necessidades das fam�lias.

Segundo Madalozzo, � preciso haver articula��o e planejamento para evitar que o trabalho dom�stico, que j� recai mais sobre as mulheres, se transforme em um fator de peso ainda maior para impedi-las de embarcar na retomada.

Leia Mateus dos Santos, de 31 anos, moradora de Heli�polis, foi demitida em meados do ano passado. Ela trabalhava na copa de uma escola em S�o Paulo e viveu uma saga para resgatar seu seguro-desemprego, que caiu em uma conta banc�ria antiga, sediada na Bahia. S� a passagem de ida e volta custou R$ 250. "Gastei boa parte do seguro, bem mais do que se tivesse recebido aqui", diz.

At� hoje, Leia n�o conseguiu emprego. Ela fica em casa, cuidando de um dos filhos - uma menina mora com a av� na Bahia. O pequeno ficou um tempo sem ir � escola porque a perda do sal�rio de R$ 1,3 mil mensais inviabilizou o pagamento do transporte. "Agora consegui uma escola mais pr�xima", diz.

O �nico sustento da casa vem do marido de Leia, que trabalha em uma loja de mec�nica e est�tica de carros. A rotina do lar mudou. "Tem semanas que a gente nem consegue comer carne. Quando tem promo��o a gente compra", afirma Leia, dizendo que as alternativas t�m sido frango e ovo.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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