� medida que os efeitos econ�micos persistentes da pandemia come�am a ficar no passado dos pa�ses - muito mais no caso da China, que se recuperou mais rapidamente do que a maioria das outras regi�es -, analistas v�m questionando: qu�o est�vel e equilibrada � a retomada do gigante asi�tico?
O �ndice oficial de gerentes de compras n�o industriais (PMI, na sigla em ingl�s) do pa�s - que mede os setores de servi�os e constru��o - caiu de 55,2 em maio a 53,5 em junho, de acordo com o Escrit�rio Nacional de Estat�sticas (NBS, na sigla em ingl�s) chin�s. Isso foi significativamente abaixo da previs�o dos economistas de uma expans�o a 55,3. �ndice da ind�stria tamb�m caiu, mas apenas ligeiramente,de 51 a 50,9.
A mensagem geral divulgada em meios de comunica��o estatais e declarada pelo NBS com base nesses n�meros � de que a economia da China est� esfriando, mas em uma dire��o saud�vel. O crescimento acelerado estaria "se estabilizando" e se tornando mais equilibrado entre os setores, afirmaram muitos meios de comunica��o.
Analistas, contudo, tiveram rea��es mistas aos dados recentes e ao que eles pressagiam para o consumo e o equil�brio da economia chinesa.
"O crescimento chin�s est� de fato se tornando um pouco mais equilibrado, mas principalmente no sentido de que o dram�tico agravamento dos desequil�brios dom�sticos do ano passado est� sendo parcialmente revertido, o que significa que muito do 'reequil�brio' este ano faz parte de um processo pontual e n�o pode ser sustentado", explica Michael Pettis, professor de finan�as da Universidade de Pequim e pesquisador s�nior do Carnegie-Tsinghua Center for Global Policy.
"O consumo das fam�lias chinesas ainda est� abaixo do resto do mundo em cerca de 20 pontos porcentuais do PIB, ent�o a China ainda tem um longo caminho a percorrer antes que possamos dizer que est� se reequilibrando de forma significativa", acrescenta.
A incerteza sobre a pandemia e os gargalos da cadeia de suprimentos, bem como a recupera��o em outros pa�ses, tamb�m est�o afetando o sentimento do consumidor e do produtor, disse Albert Park, professor titular do departamento de economia da Universidade de Ci�ncia e Tecnologia de Hong Kong.
"A r�pida recupera��o da China apoiou o crescimento cont�nuo dos sal�rios em 2020 de mais de 7,5%, semelhante aos anos anteriores, e refletindo a robusta demanda de trabalho e a redu��o da for�a de trabalho da China devido ao envelhecimento da popula��o. Isso � favor�vel ao consumo, mas os consumidores permanecem cautelosos em alguns consumos de servi�o atividades e, em geral, dadas as incertezas cont�nuas ", destacou. Fonte: Dow Jones Newswires.
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